As pressões governistas para salvar do pedido de indiciamento petistas como os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken, bem como o ex-presidente do partido, José Genoino, e o ex-secretário-geral, Silvio Pereira, ameaçam a votação do relatório final da CPI dos Correios, a ser apresentado nesta terça-feira pelo relator Osmar Serraglio (PMDB-PR). Parlamentares da oposição já sinalizam que não irão aceitar “pressões” para “desidratar” o relatório.
“O PFL não vai aceitar que qualquer tipo de pressão prejudique a contundência que deve ser a marca do relatório final. A função da CPI não é a de oferecer provas cabais, até porque os indiciamentos são apenas sugestões. Essa discussão é descabida, o PT quer é desidratar o relatório”, afirmou ontem o sub-relator de fundos de pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
O temor de membros da CPI é de que um impasse, agravado pela disputa política em ano eleitoral, possa fazer com que a comissão encerre os trabalhos sem votar o texto com as conclusões, elevando a impressão de impunidade.
Apesar das pressões, Serraglio garante que pretende manter no texto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido informado do suposto “mensalão” pelo deputado cassado Roberto Jefferson (PTB). Serraglio adianta que contestará as declarações de Lula e de outros acusados de que nada sabiam.
O relatório também sustentará que os saques de parlamentares de contas do empresário Marcos Valério serviram para compra de apoio político.
Redação Terra
Impasse ameaça votação de relatório de CPI
O temor de membros da CPI é de que um impasse, agravado pela disputa política em ano eleitoral
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