Bagdá, 27 mar (EFE).- A Aliança Unida Iraquiana (AUI) – coalizão xiita confessional e vencedora das eleições -, pediu hoje que as tropas dos Estados Unidos repassem o comando da segurança ao Governo do Iraque, para que este possa controlar a situação no país.
Yauad Al Maleki, porta-voz da AUI, disse em entrevista coletiva que sua coalizão pede mais rapidez na transferência dos assuntos de segurança do país para o Governo de Bagdá.
“A AUI pede que o Governo desempenhe papel central no controle das forças de segurança iraquianas, seja com o Exército ou a Polícia, e não que estas sejam dirigidas pelas forças da coalizão multinacional”, defendeu Maleki.
O porta-voz acusou elementos, que não quis identificar, de “tentar marginalizar a AUI do processo político em andamento no país”.
Maleki disse ter sido aberta uma investigação para esclarecer o que houve na noite de ontem durante os confrontos entre soldados americanos e membros da milícia “Exército Mehdi”, comandada pelo clérigo rebelde xiita Moqtada Al Sadr.
Abdul Hadi al-Darraji, porta-voz do escritório de Al Sadr em Bagdá, afirmou ontem que soldados americanos “agrediram os fiéis” que rezavam na mesquita xiita de Al Mustafa, no bairro de Ur, no norte de Bagdá.
O porta-voz informou que os militares americanos mataram 17 fiéis e feriram outros três, além de terem detido várias pessoas.
Yodeir Al Hasai, dirigente da AUI, disse hoje que a explicação dada pelos EUA sobre ontem “não foi convincente”. Al Hasai contou que recebeu um telefonema da embaixada dos EUA explicando que a operação militar foi realizada para prender foragidos da Justiça, e que a mesquita xiita invadida seria usada como fábrica de explosivos.
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