A possibilidade das consultas de especialidade nos hospitais passarem a ser marcadas electronicamente a partir dos centros de saúde é a principal medida no sector da Saúde. O impacto esperado pelo Governo é a «redução de deslocações às unidades hospitalares para a marcação de consultas», a «redução do tempo de espera» e uma melhor organização dos processos clínicos dos doentes, bem como um maior controlo das consultas.
Segundo o Governo, esta medida vai facilitar a marcação de consultas hospitalares, permitindo juntar ao pedido de consulta a informação clínica do doente e informando-o de imediato sobre o tempo de espera.
Como avança a Agência Lusa, para Eduardo Mendes, presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG), a iniciativa governamental deverá facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços de saúde (consultas hospitalares) e «só peca por tardia».
Sobre a informatização dos centros de saúde, o presidente da APMCG disse que a maioria dos centros de saúde já dispõe de sistema, acrescentando que a medida poderá mesmo levar a que os restantes centros de saúde sejam mais rapidamente informatizados.
Por sua vez, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Manuel Delgado, também saudou a possibilidade das consultas nos hospitais serem marcadas a partir dos centros de saúde, afirmando que é uma medida que «peca por atraso» na sua generalização.
O responsável salientou ainda que a marcação directa da consulta hospitalar «é uma obrigação dos médicos que vêem os doentes na medicina familiar» na medida em que «só assim se auto-responsabilizam pelos doentes».
Fonte: Fábrica de Conteúdos
