Revista Rolling Stone enfrenta problemas com 1a. edição chinesa

O futuro da revista Rolling Stone na China está pendente, semanas depois do lançamento de sua primeira edição, porque um grupo chinês de controle da imprensa citou problemas com as práticas comerciais da publicação, sem citar seu polêmico conteúdo.

Uma fonte da agência regulatória de Publicações e Imprensa negou um relato de que a revista de rock sediada nos Estados Unidos, que rapidamente esgotou sua primeira edição chinesa este mês de mais de 100 mil cópias, havia sido proibida, mas disse que sua parceria com uma publicação local não havia sido “explicada de maneira satisfatória”.

A primeira edição incluiu uma reportagem de capa de Cui Jian — um roqueiro pioneiro chinês –, que até recentemente estava proibido de se apresentar na China, e de Mu Zimei, uma blogger polêmica cujos relatos de aventuras sexuais fez com que seu site fosse fechado.

“A Rolling Stone teve alguns problemas técnicos na sua administração, mas isso não quer dizer que ela será proibida aqui para sempre”, disse a fonte à Reuters sem mencionar os problemas.

O mercado editorial chinês está tecnicamente fechado para publicações estrangeiras, mas muitas revistas famosas, como Vogue, Elle e a Cosmopolitan podem circular no território, desde que estejam submetidas a parcerias com publicações locais, a uma licença rígida e a cumprir algumas regras de conteúdo.

A fonte deu a entender que a Rolling Stone estaria melhor assessorada se resolvesse se unir com um parceiro local mais forte do que a Audiovisual World, um grupo pequeno na indústria editorial chinesa.

“O modelo de cooperação entre a Rolling Stone e um parceiro local poderia ser similar ao da Elle, que já se mostrou bem-sucedido”, disse, referindo-se à entrada bem-sucedida da revista na China depois de se unir a uma editora estatal bem relacionada.

Nem a Rolling Stone nem a Audiovisual World quiseram dar declarações.


Reuters