Meta do BID é estimular competitividade, diz novo presidente

Os países latino-americanos e caribenhos precisam coordenar os esforços em integração regional, políticas macroeconômicas e governança para melhorar a competitividade em nível global, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

Enumerando as dez prioridades do BID para aperfeiçoar a competitividade, Moreno disse em seu discurso na reunião anual do Banco que a região tem a mesma fatia da produção econômica mundial que em 1959 —cerca de 6 por cento— e perdeu espaço no comércio mundial, passando de 7,3 por cento para os atuais 5,1 por cento.

“O BID será o banco para a competitividade latino-americana e caribenha, com financiamento para preencher as lacunas que estão emperrando a região: não apenas as deficiências na infra-estrutura, mas as sociais, culturais, tecnológicas e institucionais”, afirmou ele a delegados reunidos na capital mineira.

No topo da agenda do quarto presidente do banco está a integração regional, em especial em relação ao setor de energia latino-americano, que é rico em petróleo.

“Este é um momento no qual os acordos de livre comércio estão mudando nossos contratos sociais”, disse Moreno. “O palco global está sendo reorganizado pelos mercados de energia.”

Entre as prioridades para “assegurar que a América Latina não se torne irrelevante” estão a descentralização das decisões do BID e a aceleração dos desembolsos com empréstimos, assim como o aumento dos empréstimos ao setor privado.

O BID empresta principalmente a governos, mas Moreno disse que faria das parcerias público-privadas uma de suas prioridades para tornar a região mais competitiva.

Os desafios para melhorar a competitividade também incluem a qualidade da educação e dos serviços públicos básicos, além do desenvolvimento da integração física e institucional, acrescentou ele.


Reuters