Greve dos Serventuários da Justiça: Desentendimento entre sindicatos é

Nem estagiários, nem negociação conturbada, a maior ameaça à greve dos serventuários da Justiça na Paraíba que deve contabilizar 1 mês no próximo sábado (7), é o desentendimento entre os sindicatos. A questão já é mais comentada do que as próprias reivindicações da classe, encabeçada pela reconstituição do salário-base.

A notícia de que a greve teria sido suspensa, divulgada no final da tarde da segunda-feira (3), causou indignação nos Sindicatos que coordenam a paralisação. “Apesar de tudo, isso não é surpresa, estes três outros sindicatos (Sinjep, Aojep e Asstej), nunca representaram nossos direitos, eles só existem no papel e são rejeitados pela categoria. Além de não pertencerem ao movimento grevista”. E continuou: “Como podem reverter uma greve que foi aprovada em Assembléia Geral, no último dia 7 de março, sem consultar os demais sindicatos”, argumentou Benedito Fonseca, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça doa Paraíba (SOJEP).

Para Benedito Fonseca o intuito é de enfraquecer o movimento. “Estamos mais forte do que nunca, a aderência é ainda maior, queremos reformar que este aumento de R$100 no auxílio-alimentação não atende aos anseios da categoria, queremos melhorias das condições de trabalho, debate sobre a realização dos mutirões fiscais e recomposição dos salários-base”, reforçou. Além do SOJEP, lideram o movimento a ASTAJ (Associação dos Técnicos e Analistas Judiciários do Estado).

Atualmente os salários-base são de R$ 1.046,00. A média salarial e exigida é de R$ 1,8 mil, em final de carreira. A próxima Assembléia Geral para decisão dos rumos do movimento, está prevista para às 14h desta terça-feira (4), na sede da Associação dos Plantadores de Cana-de-Açucar, localizada na Rua Rodrigues de Aquino, centro de João Pessoa.

Lívia Falcão

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