O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em São Paulo, que não escolheu “um mandrake” para dirigir a economia. Ele se referia à nomeação do novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que substituiu Antonio Palocci.
“Nós optamos por não fazer mágicas na economia. Nós optamos por não colocar um mandrake para dirigir a economia brasileira. Nós colocamos alguém que pensasse esse país pelos próximos 15 ou 20 anos”, afirmou.
Durante discurso na abertura da Semana Internacional da Construção e Iluminação, no Anhembi, em São Paulo, Lula reclamou que o ano eleitoral está atrapalhando a votação de medidas importantes no Congresso, como a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e o Orçamento de 2006.
“Esse é um ano eleitoral e por incrível que pareça no Brasil no ano eleitoral em vez de as coisas andarem para a frente, as coisas andam para trás”, disse.
“Nós não podemos permitir que qualquer que seja a temperatura do processo eleitoral, que é sempre quente, que a gente permita que isso crie embaraço para a economia.”
O presidente também listou medidas na área de infra-estrutura e disse que “acabou a era do apagão”. “Em cinco anos, nós vamos fazer 22% de tudo que foi feito no campo de linhas de transmissão em 122 anos.”
Lula afirmou ainda que o BNDES e o Ministério da Fazenda buscam um meio para facilitar o financiamento de caminhões. Ele lembrou que a legislação brasileira não permite hoje que o caminhão seja dado como garantia bancária de empréstimos, mas que o governo procura uma fórmula para facilitar o crédito ao setor.
“Vamos buscar uma fórmula para resolver isso. A nossa frota está velha e queremos renová-la para baratear o frete e quebrar menos nossas estradas.”
Fonte: Folha Online
