Brasil

Noite de Bossa com Alaíde Costa e João Carlos Assis Brasil

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Ela já cantou ao lado de grandes nomes da música popular brasileira a exemplo de dueto antológico com Milton Nascimento interpretando “Me Deixa em Paz”, de Monsueto, no álbum Clube da Esquina. Considerada por muitos como “a grande dama da canção”, Alaíde Costa já cantou ao lado de nomes como Paulinho da Viola, Ivan Lins, Egberto Gismonti, Toninho Horta, MPB-4, e outros. Agora ela apresenta show acompanhada pelo pianista João Carlos Assis Brasil – eles iniciaram trabalhos juntos em 1994 culminando com CD ao vivo gravado em um ano depois – e se propõe a mostrar o que há de bom e fino na bossa-nova nesta quinta-feira, 6 de abril, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rego, às 18h30. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do teatro ao preço de R$20,00 (inteiro) e 10,00 (estudante). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3211 6280.

A técnica vocal apurada e uma voz absolutamente afinada marcada por registros afinadíssimos Alaíde, nascida em 1935, iniciou a carreira apresentando-se em programas de calouros infantis nas rádios Tupi, Clube do Brasil e Nacional, todas do Rio de Janeiro. Em 1957, gravou seu primeiro disco, “Tarde Demais”. Dois anos depois, incentivada por João Gilberto – que identificou nela um timbre cool e a dicção perfeita para o novo movimento que surgia, a Bossa Nova -, ela foi alavancada para o sucesso passando a cantar e gravar o novo ritmo.

Há 50 anos às voltas da boa música nacional, Alaíde já compôs com Vinícius de Moraes a bela “Tudo o que é meu”. Gravou grandes sucessos, como “Chora Tua Tristeza”, “Sem Você” e “Lobo Bobo”. Mas a consagração definitiva aconteceu no show O Fino da Bossa, em 1964, ao interpretar, em primeira audição, a música “Onde Está Você”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini. A apresentação aconteceu em um programa da TV Record e o sucesso alcançado lhe rendeu contrato com a emissora, passando a se apresentar em todos os seus programas.

Dois anos depois, no entanto, enfrentou problemas nas cordas vocais, que a mantiveram afastada dos palcos até 1972. Mas Alaíde voltou em plena forma. Um dos pontos altos do ano que marcou seu retorno foi o dueto com Milton Nascimento em “Me Deixa Em Paz”, de Monsueto, no álbum Clube da Esquina, um marco na história da música popular brasileira. Essa gravação deu impulso decisivo à sua carreira.

Em 1982 lançou o elogiado CD “Águas Vivas”, no Brasil e na França, com distribuição pela Warner Music. 1988 foi a vez do CD “Amiga de Verdade”, que teve participações especialíssimas, como as de Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Ivan Lins, Egberto Gismonti, Toninho Horta, MPB-4, e outros.

Em 1991 Alaíde monta uma homenagem a um dos maiores compositores do Brasil e do mundo. Este espetáculo chamava- se “Alaíde canta Tom Jobim”, com o qual viajou diversos estados brasileiros, sendo reconhecido como brilhante pelo público e “simplesmente imperdível” pela crítica especializada. Em 1995 lança o sofisticado CD “Alaíde & João Carlos Assis Brasil”, um recital apenas com voz e piano. Este foi considerado o melhor disco daquele ano, merecendo destaque nos principais jornais do país.

Dois anos depois, é a vez dos dinamarqueses apreciarem a obra de Alaíde Costa. Ao lado de diversos astros internacionais, ela se apresentou no Copenhagen Jazz House, e foi a única à receber destaque nos jornais do dia seguinte, como sendo a melhor atração depois de muito tempo. Em 1998 Alaíde lançou “Falando de Amor”, na França, pela Auvidis e em 2000 no Brasil pela CID, com composições de Paulinho da Viola, Guinga, Tom Jobim e Fátima Guedes. Em 2001 Alaíde Lançou pela JamMusic o CD “Rasguei minha fantasia”. Com produção de Hermínio Bello de Carvalho, arranjos de Gilson Peranzzetta e João de Aquino e a participação de músicos como Jorge Helder (baixo) e Mauro Senise (sax alto). Não por acaso, a base instrumental é formada por piano e violão, devidamente comandados com maestria pelos arranjadores, com saudáveis intervenções de cordas (em momentos estratégicos), bandolins, flautas e percussão. Tudo emoldura a voz celestial de Alaíde, no auge da beleza.

Pianista com formação erudita dá o tom a bossa de Alaíde

Pianista de formação erudita, irmão gêmeo do saxofonista Victor Assis Brasil, João Carlos Assis iniciou seus estudos musicais já no piano ainda na infância, e aos 15 anos já era acompanhado por orquestras em concertos. Foi aluno de Jacques Klein e aperfeiçoou os estudos em Londres, Paris e Viena. Na década de 60, na Áustria, ganhou o terceiro prêmio do Concurso Internacional Beethoven, tocando em seguida com a Filarmônica de Viena e excursionando pela Europa.

Mesmo consagrado como concertista clássico, envolveu-se com a música popular, tocando ao lado de outros instrumentistas — como os pianistas Clara Sverner e Wagner Tiso ou o violonista Turíbio Santos — e de cantores — Ney Matogrosso, Zé Renato, Olivia Byington e desde 1994, ao lado de Alaíde Costa. Na década de 80 gravou discos a quatro mãos ao lado de Clara Sverner: um com músicas de Erik Satie e Scot Joplin (1982), outro incluindo o norte-americano Gershwin e os franceses Maurice Ravel e Gabriel Fauré.

Em seguida veio “Jazz Brasil” (1986), com total ênfase no popular, incluindo obras de Tom Jobim, Radamés Gnattali e Victor Assis Brasil. Dois anos depois, ao lado de Wagner Tiso, Jaques Morelenbaum e Ney Matogrosso, lançou “Floresta do Amazonas”. Em 1990, quase dez anos depois da morte precoce do irmão (em 1981), gravou o disco “Self Portrait — Assis Brasil por Assis Brasil”, em que trouxe à tona composições inéditas de Victor. Seus trabalhos seguintes foram em parceria com as cantoras Olivia Byington e Alaíde Costa.

Serviço

Quando: quinta-feira, 6 de abril

Hora: 18h30

Local: Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural José Lins do Rego

Quanto: R$20,00 (inteiro) e 10,00 (estudante).

Informações: 83 3211 6280.

Fonte: Secom PB

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