O governo do Nepal proibiu nesta terça-feira qualquer tipo de manifestação pública em Katmandu e endureceu suas leis “antiterror” como parte dos preparativos para a repressão aos protestos antimonarquia convocados pela oposição para esta semana.
Os sete maiores partidos políticos do Nepal, entretanto, pretendem deflagrar na quinta-feira um período de quatro dias de greve com passeatas e protestos.
O objetivo da oposição é forçar o rei Gyanendra a abrir mão dos poderes absolutos acumulados por ele depois de um autogolpe aplicado no ano passado.
Por meio de um comunicado, o governo nepalês informou que estão proibidas “as aglomerações, as passeatas e os protestos em Katmandu e Lalitpur”, nos arredores da capital.
Apesar da ameaça de repressão, os líderes dos dois maiores partidos de oposição ao rei – o Congresso Nepalês e os Partidos Marxistas-Leninistas Unidos – anunciaram que desafiarão as proibições.
A medida do governo vem à tona apenas um dia depois de o rei Gyanendra ter determinado a ampliação das leis “antiterror”, por meio das quais qualquer pessoa suspeita de contato com os rebeldes maoístas que lutam contra a monarquia nepalesa seja detida como “terrorista”.
Enquanto isso, a Suécia anunciou hoje a suspensão de uma doação de US$ 25 milhões para um projeto de purificação de água no Nepal por causa dos péssimos registros do país com relação à defesa dos direitos humanos e da democracia. No ano passado, a Noruega retirou-se do mesmo projeto alegando os mesmos motivos.
Agência Estado
Nepal proíbe aglomerações e endurece leis “antiterror”
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