Médicos da Universidade de Londres revelaram nesta terça-feira (4) detalhes do caso do paciente que ingeriu o maior número de comprimidos de ecstasy já relatado na história médica. Assessores do centro de dependência química da escola de medicina Saint George’s, de Londres, publicaram no jornal de psicologia Psychosomatics o caso de um homem que tomou 40 mil doses de ecstasy ao longo de nove anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o paciente, identificado apenas como Sr. A para preservar sua identidade, começou a tomar ecstasy, droga vendida em comprimidos, com 21 anos de idade e parou aos 30. Nos primeiros dois anos, tomava uma média de 5 pílulas por final de semana. Gradualmente a quantidade foi aumentando, e seu corpo foi ficando mais resistente ao entorpecente.
Durante quatro anos, tomou 25 comprimidos diários. Depois de desmaiar diversas vezes em meio a festas, Sr. A decidiu parar de usar a droga. Por vários meses, ele sentiu como se estivesse sob influência da droga, apesar de estar em total abstinência.
Sr. A, hoje com 37 anos de idade, não toma ecstasy há sete anos, mas ainda sofre os efeitos colaterais físicos e mentais do consumo da substância. Ele tem problemas de memória, alucinações, paranóia e depressão. E também desenvolve um tipo doloroso de rigidez muscular no pescoço e na mandíbula, que muitas vezes o impede de abrir a boca. Os médicos acreditam que algumas destas seqüelas sejam permanentes.
Redação Terra
