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Rural Paraíba discute demandas do setor produtivo no Estado

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O Conselho Superior de Agricultura e Pecuária da Paraíba se reuniu, pela primeira vez esse ano, na última segunda-feira (03), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba – Faepa. Na ocasião, representantes de entidades públicas e privadas ligadas ao setor primário da economia que formam o “Rural Paraíba” discutiram as principais demandas e dificuldades enfrentadas pelo segmento no Estado. O presidente da Faepa, Mário Borba, abriu o encontro falando sobre a necessidade de organização dos produtores frente às vistorias que têm sido realizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária da Paraíba (Incra) em propriedades produtivas do Estado.

Segundo Borba, as questões fundiárias têm se agravado porque este procedimento, que era realizado anteriormente com a intenção de desapropriar as terras consideradas improdutivas, para fins de Reforma Agrária ou após a incidência de um conflito agrário, hoje se estende a qualquer propriedade a partir de 15 módulos fiscais, sem qualquer avaliação. “O setor agropecuário da Paraíba é formado em sua maioria por pequenos e médios produtores. Em todo o Estado, nós só temos 600 produtores com mais de 15 módulos fiscais”, explicou.

Um bom exemplo da instabilidade provocada pelas vistorias do órgão federal é o do produtor José Bartolomeu Carneiro Leão, também presente no encontro. Bartolomeu tem uma fazenda no município de Juripiranga onde atividades como a agricultura canavieira, o turismo rural e a pecuária geram emprego e renda. “No ano de 2005 nós declaramos ao Ministério do Trabalho, através da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), 431 trabalhadores empregados na propriedade”, afirmou Bartolomeu, demonstrando a capacidade produtiva de sua fazenda que mesmo assim vem sendo vistoriada pelo Incra.

A sanidade animal e vegetal foi outro tema abordado na reunião. O titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado, Ricardo Leite, que participou do encontro representando a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca, discorreu a respeito da atual situação da Paraíba que ainda é considerada área de risco em ocorrência de febre aftosa. Segundo ele, o Ministério da Agricultura realizará uma auditoria educativa que percorrerá o Estado para averiguar as estruturas da defesa sanitária, considerando os 11 itens que avaliam uma determinada região como livre da doença.

Ainda sobre esta questão, o presidente da Faepa anunciou para o mês de abril a visita de um representante da CNA com o objetivo de instruir os agropecuaristas paraibanos na criação do Conselho Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal e de um fundo privado para assegurar o produtor, em casos de surto de aftosa, onde hajam necessidades de eliminação do rebanho.

O endividamento agrícola e as dificuldades encontradas pelos produtores no acesso ao crédito rural foram outros assuntos que pautaram a reunião. Apontada por Mário Borba como um dos grandes problemas do segmento atualmente, a inadimplência dos produtores nordestinos junto às operações de crédito continua aumentando, por conta da perda de renda do segmento ocasionada pelas intempéries climáticas. Nos contratos de securitização o endividamento já atinge uma média de 75%, subindo para 81% entre os produtores que efetuaram operações de até R$ 50 mil.

A necessidade de um maior entrosamento entre as representações das diversas atividades que compõem o setor produtivo foi ressaltada pelo dirigente da Faepa. “O momento é difícil e, por isso precisamos nos reunir mais para fortalecer a representatividade do segmento, inclusive no contexto político”. Sobre o apoio que a categoria poderá oferecer às candidaturas políticas que disputarão as eleições 2006, ainda não há uma definição de nomes. “Precisamos nos encontrar outras vezes para avaliar quem é realmente comprometido com o segmento e conhece os problemas dos produtores rurais paraibanos”, enfatizou Borba.

Participaram também da reunião do Rural Paraíba os representantes das seguintes entidades: Organização das Cooperativas do Estado da Paraíba (OCPB-PB), Sindicatos da Indústria de Fabricação do Açúcar no Estado da Paraíba (Sindaçúcar), Sindicatos da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindálcool), Associação Paraibana dos Criadores de Caprinos e Ovinos (Apacco), Sindicato dos Produtores de Frutas do Estado da Paraíba (Sindifruta), Associação Paraibana de Produtores de Cachaça (Aspeca), Associação dos Criadores de Cavalos Pônei e Sociedade Rural da Paraíba.

Fonte:

News – Assessoria & Comunicação

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