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Anistia diz ter provas de ‘vôos secretos’ da CIA

A organização de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional, afirmou que a CIA pode estar usando a Europa do Leste e Djibuti, no leste da África, como l

A organização de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional, afirmou que a CIA pode estar usando a Europa do Leste e Djibuti, no leste da África, como locais para um de seus centros de detenção secretos para suspeitos.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a organização afirma que se baseou em entrevistas de três cidadãos do Iêmen que acreditam ter sido detidos em pelo menos quatro prisões secretas nessas duas áreas e no Afeganistão, durante outubro de 2003 e maio do ano passado.

Um dos entrevistados, por exemplo, disse que foi interrogado por representantes americanos em uma sala em cuja parede se via uma foto do presidente de Djibuti.

Todos os três acreditam ter descoberto estar no Afeganistão durante determinado período através de conversas com outros prisioneiros.

A idéia de que estiveram também no leste da Europa se deve, em parte, às condições meteorológicas e, a horários dados aos prisioneiros para realizarem suas preces do crepúsculo, registrados em uma cópia de informações de um website islâmico.

“Empresas de fachada”

A Anistia Internacional disse ainda que os Estados Unidos de usaram empresas privadas e de fachada em operação ilegal secreta para transferir suspeitos de envolvimento em extremismo a centros de detenção.

No relatório, a Anistia Internacional disse ter registros de quase mil vôos de aviões que parecem ter sido usados permanentemente pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) para transferir suspeitos entre países sem processo de extradição. A maioria usando espaço aéreo europeu.

A organização afirmou ainda possuir registros de 600 outros vôos realizados por aviões que, confirmou, teriam sido usados pelo menos temporariamente pela CIA.

Sabe-se que pelo menos um aparelho voou mais de cem vezes para Guantánamo, disse o relatório.

“As mais recentes evidências mostram como o governo dos Estados Unidos está manipulando acordos comerciais para poder transportar pessoas violando a lei internacional”, disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Irene Khan.

“Isso demonstra o quão longe o governo americano vai para ocultar esses seqüestros”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos disse que a transferência de suspeitos de “terrorismo” é realizada de acordo com leis americanas e internacionais.

Mas a Anistia disse que a CIA está explorando uma brecha legal que permite que aviões privados aterrissem em aeroportos estrangeiros sem ter que informar autoridades locais, ao contrário de aviões oficiais ou militares.

Os governos de todo o mundo devem adotem medidas para evitar envolvimento nessa prática, recomenda a organização.

Embora o relatório da Anistia Internacional critique a atitude dos Estados Unidos em relação a suspeitos de extremismo, ele não contém sugestões de que os três cidadãos do Iêmen tenham sido torturados nas mãos de seus captores americanos, disse o analista de assuntos de defesa da BBC, Rob Watson.

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