De tempos em tempos, o mercado de automóveis é premiado com um produto que vira referência em seu segmento, quando não em todas as categorias. Casos com o do Toyota Corolla, do Honda Fit e, principalmente, do Ford EcoSport são exemplos disso. A receita do sucesso? Atender e mesmo surpreender o consumidor em suas aspirações. Quando uma marca consegue tamanha empatia com o público, o resto é secundário.
Olhando o SpaceFox, novo modelo da Volkswagen, lançado hoje em Angra dos Reis, RJ, pode-se até apostar que a “sportvan” (como quer chamá-la a montadora) será um desses casos. Basta notar que o segmento dos familiares compactos vive uma guerra entre peruas e minivans. Há os que gostam das vantagens de Meriva e Idea, como espaço interno e posição de dirigir elevada, além de versatilidade, e outros que apreciam a dirigibilidade superior de Palio Weekend e 206 SW. Que tal agradar os dois clientes? É este conceito do SpaceFox: laiute de perua, porém, com altura e versatilidade de perua.
O novo carro da VW nasceu no Brasil, mas será fabricado na Argentina, como parte do esquema de descentralização da produção da montadora na América do Sul. Lá ele se chama Suran, em referência ao local (sul) e ao tipo de carroceria (van). Derivado do Fox, carro mundial, exportado para Europa, o SpaceFox aproveitou muito da arquitetura do seu irmão hatch. Por isso, não foi difícil obter espaço interno e um bom porta-malas, com 430 litros.
Sua carroceria é 37,6 cm mais comprida, 3,2 cm mais alta e 2 cm mais larga que a do Fox, preservando apenas o mesmo entreeixos, de 2,46 cm. O desenho é bastante harmonioso e coerente, mas a solução na traseira é bem mais interessante que o visto no hatch. As lanternas, invandindo a tampa do porta-malas, reproduzem o desenho elíptico já utilizado em modelos europeus como o Golf Plus e Passat Variant. Mas a parte da frente também não foi esquecida. Embora discretas, as linhas do capô estão mais fortes, lembrando o “V” característico da marca, da mesma forma que é feito no modelo de exportação.
Se por fora há muitas novidades, por dentro a VW mexeu pouco. O acabamento foi melhorado em alguns aspectos, como os bancos, e o carro ganhou um porta-luvas tal qual o Fox alemão. Infelizmente, há muito plástico e o painel de instrumentos resumido continua lá como prova de um mau gosto incomum para a montadora.
Ao volante
A maior virtude do SpaceFox é utilizar a base mecânica do Polo, um dos melhores carros já produzidos pela VW no Brasil. Estão lá o volante balanceado, o câmbio preciso e o motor vigoroso, apesar dos 103 cv quando usando álcool. A impressão que se tem ao dirigir o SpaceFox é o de estar numa perua “inflada” – pouca coisa lembra um minivan na prática. Surpreendentemente, o comportamento do carro em curvas (parte do trajeto entre Angra dos Reis e Parati) é muito bom para um veículo alto.
Como o brasileiro leva muito em consideração o fator estilo externo na hora de comprar um carro, as chances de o SpaceFox agradar são imensas, afinal a dirigibilidade é agradável e o acabamento suficiente para os menos exigentes. A Volkswagen, por enquanto, disponibilizará apenas uma motorização, a 1.6 Total Flex, e dois níveis de acabamento, Plus e Comfortline.
O SpaceFox Plus, com preço a partir de R$ 45 650, vem com rodas de aço aro 15 e direção hidráulica, já o Comfortline (R$ 47 650), conta com rodas de liga leve aro 15, ar-condcionado, direção hidráulica, trio elétrico e sistema ARS (que move o banco traseiro logitudinalmente). Itens de segurança, como ABS e airbag, só como opcionais em ambos as versões.
SpaceFox: simbiose bem sucedida
Volkswagen soube aliar as vantagens de peruas e minivans no novo modelo baseado no hatch Fox
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