O ex-vice-presidente da África do Sul Jacob Zuma disse em depoimento, prestado na última terça-feira, que tomou banho após manter uma relação sexual para evitar a contaminação com o HIV, o vírus causador da aids. Acusado de estuprar uma portadora do HIV, Zuma alegou que o sexo com a mulher de 31 anos foi consensual.
Zuma foi exonerado em 2005, por suspeita de corrupção. Quando estava no governo, ele chegou a chefiar o Conselho Nacional da aids, que promove campanhas governamentais de combate à síndrome, que mata cerca de mil pessoas por dia no país. A África do Sul tem a maior população infectada do mundo, cerca de 6 milhões de pessoas.
“Ele passa aos jovens a impressão muito errada de que no sexo sem proteção os riscos são pequenos”, disse Nokhwezi Hoboyi, porta-voz da Campanha de Ação no Tratamento.
A falta de informação sobre a aids é geral o país. O próprio presidente Thabo Mbeki pôe em dúvida a relação entre o HIV e a aids, além de dizer que nunca conheceu ninguém que tenha morrido vítima do vírus. Em pesquisa feita pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Humanas, 66% das pessoas não se consideravam sob risco de infecção – mais da metade dos que tiveram teste positivo para HIV responderam assim.
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Banho evita aids, diz ex-vice-presidente sul-africano
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