O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Felix, confirmou ontem que teve um encontro em seu gabinete com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no auge das acusações do caseiro Francenildo Costa.
Mas disse que Palocci apenas relatou “grandes pressões” contra o governo, sem ter feito pedido de providências. Segundo o general, o ex-ministro o procurou porque ele é uma espécie de “paizão” do governo.
Apesar desse “não-pedido”, o ministro-chefe do GSI relatou o encontro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O depoimento a sete congressistas foi fechado e o general deixou o local por uma porta lateral, sem falar com a imprensa. Dos deputados que se manifestaram sobre o depoimento, nenhum disse crer na inexistência de pedidos, mas acham que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), subordinada ao GSI, não executou a missão.
A reunião teria durado entre cinco e dez minutos, na quarta ou na quinta-feira.
O relato da conversa ao presidente Lula teria ocorrido somente depois de o presidente já ter demitido Palocci, o que ocorreu no dia 27.
Folha Online
