A polícia realizou no final da tarde dessa quinta-feira a reconstituição do roubo ocorrido na agência do Banco do Brasil, em Araçagi, com a participação do gerente Rodrigo de Almeida Baia Pimentel, que está preso sob suspeita de envolvimento com os assaltantes. A reconstituição foi solicitada pelo superintendente João Pereira Júnior, titular da 3ª Regional da Polícia Civil, que está presidindo o inquérito sobre o assalto.
A reconstituição começou por volta das 17 horas, mesmo horário em que aconteceu o assalto. O trabalho contou com a participação de uma equipe de peritos do Instituto de Polícia Científica (IPC), que fotografaram e analisaram cada passo do fato, para a formulação de um laudo conclusivo.
Segundo o superintendente Júnior, a reconstituição não trouxe nenhuma informação nova em relação à primeira versão do assalto, fornecida pelo gerente. De acordo com o depoimento de Rodrigo Pimentel, os assaltantes foram em sua casa na noite de uma quarta-feira, o raptaram e fizeram ameaças a ele e sua família, prometendo volta no dia seguinte.
Na quinta-feira, o gerente foi trabalhar normalmente e não falou pra ninguém sobre a “ visita” que recebeu dos bandidos. Por volta das 17 horas, quando ele retornava pra casa, foi novamente abordado pelos assaltantes, que o levaram para a agência, o obrigaram a abrir o cofre e levaram R$ 350 mil.
Mesmo tendo sido avisado com antecedência e não tendo comunicado o fato sequer com os funcionários do banco, muito menos com a polícia, Rodrigo insiste em afirmar que isso não foi uma forma de colaborar com o assalto, conforme suspeita a polícia. E nega qualquer envolvimento com o assaltantes e, segundo o superintendente Júnior, mesmo estando preso por uma suposta injustiça, em nenhum momento se abalou.
Fim da temporária
Às 6 horas desse sábado, termina o prazo da prisão temporária decretada pela Justiça contra Rodrigo Pimentel. Se esse prazo não for prorrogado, o gerente deixa a prisão no início da manhã. Mas é provável que ele passe mais cinco dias preso, já que o superintendente Júnior ainda está na fase de coleta de depoimentos, inclusive de funcionários do banco.
Diante disso, a liberdade de Rodrigo pode ser vista com uma ameaça à confiabilidade dos depoimentos que ainda serão prestados, uma vez que, como gerente da agência e colega dos funcionários, ele poderia influenciar no que essas pessoas venham a dizer para o delegado. O superintendente Júnior disse que até o momento não encontrou provas concretas da ligação do gerente com a quadrilha de assaltantes.
Gerente preso participa de reconstituição do assalto ao BB de Araçagi
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