O presidente do diretório estadual do PMDB, Haroldo Lucena, lamentou na manhã deste domingo a renúncia do deputado federal Benjamim Maranhão do projeto de reeleição. Benjamim comunicou a renúncia no sábado com objetivo de se defender das acusações de envolvimento na máfia das ambulâncias.
Haroldo Lucena disse não acreditar que os votos do deputado serão transferidos integralmente para os candidatos do PMDB e acredita que a legenda corre o risco de perder a terceira vaga na Câmara Federal. Para ele, os votos de Benjamim podem cair nas mãos, inclusive, de adversários.
“Não podemos assegurar que todos os votos de Benjamim vão ficar dentro do PMDB. O PMDB poderá perder a terceira vaga, porque os votos de Benjamim podem migrar para outros candidatos de outros partidos, beneficiando legendas adversárias”, destacou Haroldo.
O presidente do PMDB paraibano disse que o anúncio da substituição de Benjamim pelo vereador João Almeida, de João Pessoa, não deve proceder. Ele lembrou que a legislação eleitoral só permite substituição da proporcional 60 dias antes do pleito. “Só pode substituir agora os candidatos da majoritária”, descartou.
Para ele, o deputado deveria ter mantido a candidatura.
“Mas é uma questão de foro íntimo e um ato de muita coragem: deixar uma reeleição praticamente garantida”, disse Haroldo. O dirigente peemedebista descarta pressão para que outros candidatos da aliança citados no esquema sanguessuga – a exemplo do senador Ney Suassuna e do deputado Marcondes Gadelha – também renunciem de suas candidaturas.
Haroldo descartou que a saída de Benjamim sirva de sinal para a renúncia de Ney e Gadelha. “Isso não existe, até porque Ney já deixou claro seu projeto de continuar na disputa”, disse Haroldo.
Luís Tôrres
Clickpb
Votos de Benjamim podem ir para inimigos e PMDB perder vaga na Câmara,
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