Projeto Pixinguinha

Fátima Guedes, Genésio Tocantis e Nei Lopes são atrações desta quinta-

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A segunda edição do ano do Projeto Pixinguinha acontece nesta quinta-feira, 13 de abril, a partir das 20h, no Theatro Santa Roza. O show reunirá a carioca Fátima Guedes, o tocantinense Genésio Tocantins e o sambista carioca Nei Lopes, acompanhados por Erivelton Silva (bateria), Itamar Assiere (teclado), Jerê (violão), João Baptista (baixo), Naife Simões (percussão), Nilze Carvalho (cavaquinho/violão) e Ruy Quaresma (violão). Os ingressos custam apenas R$ 5,00 (preço único). Mais informações: 3218-4383 e 4384.

Numa parceria do Governo do Estado, através da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), sempre com espetáculos inéditos, de alta qualidade e a preços populares, o Projeto Pixinguinha já se tornou parte do calendário cultural de todo o país, numa iniciativa da Funarte, órgão do ministério da cultura, com patrocínio da Petrobrás (através da lei federal de incentivo à cultura) e apoio da Associação Cultural da Funarte.

O Projeto Pixinguinha destaca-se ainda pela magia da integração de muitos estilos e linguagens de diversas regiões do país. Na direção, o carioca Luís Filipe de Lima que, além de ser um dos melhores instrumentistas do país no violão sete cordas, criou e dirigiu várias séries de shows como Partido-Alto: Samba de Fato, Sete Cordas: Um Violão Brasileiro e Lamartine em Revista e, mais recentemente, Samba Guardado, que esteve em cartaz em janeiro no CCBB. No desenho da luz, a assinatura de Luiz Miguel.

O empurrão inicial da cantora e compositora carioca Fátima Guedes foi dado por Elis Regina, que a apresentou ao grande público em 1978, interpretando sua canção Meninas da Cidade no show Transversal do Tempo e incluiu a música Onze Fitas no LP Saudade do Brasil (1980). No entanto, a carreira de Fátima começou em 1973, com a música Passional, vitoriosa do Festival de Música da Faculdade Helio Alonso e ela já compunha trilhas para teatro.

Seu primeiro álbum saiu em 1979, reunindo todos os sucessos acima. No ano seguinte, além de gravar novo disco, também batizado de Fátima Guedes, a cantora participou do Festival da Nova Música Popular Brasileira, com a canção Mais uma Boca, que se tornou um clássico da nossa música. Em 1981, lançou o disco Lápis de Cor, elogiado pela crítica especializada. Em 1999, Fátima lançou o CD Muito Intensa, com participação de Djavan e Zé Renato, comemorando 20 anos de carreira. Em 2001, veio o álbum Luzes da Mesma Luz, em que, convidada pelo autor, interpreta obras do compositor Eduardo Gudin. Com oito discos lançados, suas composições já foram gravadas por artistas como Wanderléa (Bicho Medo), Nana Caymmi (Chora Brasileira), Simone (Condenados) e Leny Andrade (Absinto), entre outros.

O compositor, cantor e instrumentista Genésio Tocantins, nasceu em Goiatins (TO) e cresceu entre a fazenda e a cidade, dando início à carreira musical em festivais regionais. Seu primeiro LP, Rela-Bucho, lançado pela RGE em 1988 com produção de Rildo Hora, lhe renderia o II Prêmio Sharp de Música do ano seguinte, como revelação da música regional brasileira. Gravou com diversos artistas, como Fagner, Pena Branca e Xavantinho e Rolando Boldrin. Em 1990, recebeu o prêmio Fiat, pela sua obra. Seis anos depois, sairia o disco U Cantante (pelo selo Mercantante) e, em 1998, Brasis – As Canções e o Povo (selo Brasis).

Em 2000 fez um trabalho de pesquisa que se transformou num verdadeiro documentário sobre a música de tradição oral e contemporânea feita no Tocantins, a coletânea Cantos do Tocantins – o Som, o Ritmo e o Povo, um livreto com cd, fotos e vídeo. Neste mesmo ano, Genésio foi classificado para as eliminatórias do Festival da Música Brasileira, da TV Globo, onde concorreu com a música Baião Internauta, parceria com Beirão. No mesmo ano, participou do Festival Novos Talentos defendendo a música Nóis é Jeca mais é Jóia, de sua autoria em parceria com Juraildes da Cruz, que se tornou rapidamente um clássico da música regional.

Nascido e criado no subúrbio carioca de Irajá, o cantor, compositor, advogado, pesquisador e escritor Nei Lopes é hoje uma das maiores referências do samba carioca. Como pesquisador, tem diversos trabalhos publicados tratando da temática afro-brasileira, entre eles O Samba na Realidade (1981), O Negro no Rio de Janeiro e sua Tradição Musical (1992), Dicionário Banto do Brasil (1996) e Enciclopédia da Diáspora Negra (2004), entre outros.

Sambista e compositor popular, Nei atualmente é ligado, mesmo que afetivamente, às escolas de samba Acadêmicas do Salgueiro e Vila Isabel. Na década de 70, ao lado de Candeia, Wilson Moreira e outros compositores, fundou o Grêmio Recreativo de Artes Negras e Escola de Samba Quilombo, em Coelho Neto, no Rio de Janeiro. Nesta época gravou duas faixas no LP Tem Gente Bamba na Roda de Samba, pela gravadora Continental. Para teatro, compôs trilhas para as peças O Perverso Sonho da Igualdade e Auto da Independência, ambas de Joel Rufino.

Juntamente com Wilson Moreira, seu parceiro mais constante, compôs sucessos como Senhora Liberdade, Gotas de Veneno, Coisa da Antiga e Goiabada Cascão, hoje clássicos do samba. Intérprete de suas próprias canções, Nei Lopes tem sete álbuns gravados, como o CD Nei Lopes – De Letra & Música (Velas, 2000), em que recebe como convidados Alcione, Chico Buarque, Dona Ivone Lara, João Bosco, Martinho da Vila, Dudu Nobre, Zé Renato e Zeca Pagodinho, entre outros. Em 2004 lançou, pela Fina Flor, o álbum Partido ao Cubo, contemplado com o Prêmio TIM 2005 de melhor CD de Samba e indicado ao Grammy Latino 2005.

Fonte: Secom PB

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