O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, criticou duramente nesta quarta-feira o futebol nos grandes clubes, ao assinalar que todos acumulam problemas como corrupção, racismo, excesso de jogos e até exploração dos direitos dos jogadores.
“Se olharmos o futebol atual, se olharmos o que está ocorrendo no futebol dos clubes, o que encontramos? Não devemos fechar os olhos e esconder: encontramos corrupção”, afirmou o presidente da Fifa. “A corrupção sempre está ligada às apostas, sejam oficiais ou não”, acrescentou.
“Sabemos o que está ocorrendo em Alemanha, Brasil, Bélgica, China e outros países”, assinalou Blatter à imprensa em Genebra.
As declarações de Blatter surpreenderam porque a Fifa criou um grupo especial de trabalho para analisar os problemas atuais do futebol, cujas conclusões deverão ser divulgadas durante o Congresso da entidade em junho próximo, justo antes da Copa do Mundo da Alemanha.
Blatter mencionou também o racismo como “um problema asqueroso que afeta o futebol”. Lembrou que, em meados de março, a Fifa adotou uma série de sanções para combater com mais eficiência as manifestações racistas nos estádios.
Também atacou “a multi propriedade” dos clubes, o papel dos agentes de jogadores, os direitos dos clubes e dos jogadores, e até a existência de casos de doping.
O titular da Fifa atacou também o excesso de jogos. “Já o disse e vou repetir: há excesso de futebol, há excesso de jogos entre clubes. O calendário internacional está sobrecarregado, e não permite aos torcedores acompanhar normalmente um campeonato”, afirmou, para defender uma diminuição dos campeonatos.
“Esta é a razão para que haja uma redução das ligas, e estamos trabalhando para diminuí-las”, assinalou Blatter, que também criticou o excesso de jogadores estrangeiros nos grandes clubes europeus, um problema provocado principalmente pelo decreto Bosman (de 15 de novembro de 1995), que permite a escalação de onze jogadores (europeus) sem qualquer vínculo com a nacionalidade do clube. “Temos esse problema na Inglaterra e também na Itália”, disse.
AFP
Presidente da Fifa ataca os grandes clubes de futebol
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