O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso aguarda que a CPI dos Bingos aprove a convocação de seu depoimento para decidir se recorrerá ou não ao Supremo Tribunal Federal. O objetivo é evitar dar explicações sobre a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa.
“Por ora, é prematuro dizer se recorreremos ao Supremo”, disse ontem Alberto Toron, criminalista que defende Mattoso. Os aliados do governo tentarão evitar sua convocação pela CPI. A votação do requerimento está prevista para a semana que vem.
Toron negou que seu cliente esteja emocionalmente abalado: “Ele está absolutamente sereno”. Segundo Toron, Mattoso não demonstrou disposição de comparecer à CPI dos Bingos para explicar sua participação no episódio.
Durante a reunião que manteve ontem com Toron, Mattoso elogiou o relatório final da investigação promovida pela CEF. Segundo nota da estatal, a ordem dada por Mattoso para acessar dados da conta do caseiro não foi ilegal, e os funcionários que a cumpriram não devem ser punidos.
De acordo com o advogado, Mattoso negou também participação em suposta operação para subornar um funcionário da Caixa a assumir a responsabilidade pela violação da conta do caseiro.
Mattoso insiste que se limitou a ouvir explicações sobre o crime de quebra de sigilo na reunião que manteve com o advogado Arnaldo Malheiros na casa do então ministro Antonio Palocci, com a presença do colega Márcio Thomaz Bastos (Justiça), uma semana após a violação da conta.
A Polícia Federal investiga se houve acesso ilegal a outros dados bancários além daqueles relativos à movimentação da conta do caseiro na CEF.
A busca de indícios de novas irregularidades é um dos nove questionamentos que o delegado Rodrigo Carneiro Gomes encaminhou anteontem ao Instituto Nacional de Criminalística, que irá periciar a cópia de segurança e o computador portátil utilizado na violação do sigilo.
Fonte: Folha Online
Colaborou a Folha de S.Paulo, em Brasília
Mattoso estuda recorrer ao STF se for convocado para depor em CPI
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