Em meio a uma crise que impede o pagamento de despesas básicas como taxas aeroportuárias à Infraero, no valor de R$ 1,5 milhão e combustível à BR Distribuidora, a maior companhia aérea da América do Sul vem tentado se manter sob os céus da Paraíba. Desde o ano passado o números de vôos do Aeroporto Castro Pinto caiu de 2 (um diurno e outro vespertino), para apenas um no turno da manhã.
Até o final de 2005, os vôos Varig representavam 40% do fluxo de aviações no Estado, agora somam apenas 20%. Lideram o ranking a TAM com 3 vôos diários, seguida pela Gol (1) e BRA (1). A “queda” dos vôos Varig representa prejuízo de 50% e vai contra o ímpeto de crescimento turístico da Paraíba. “Todo o setor turístico paraibano está sendo muitíssimo afetado, não apenas as agências de viagem, como também as operadoras, o ramo hoteleiro, restaurantes. Estamos lutando para aumentar o número de vôos e vem esta rasteira. Assim a Paraíba não terá como atender a demanda crescente de visitantes”, revela Luís Félix Lucena, presidente da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagem).
“Nós estamos convidando a todas as entidades que levantam a bandeira do turismo paraibano em parceria com as autoridades do Estado, como a OAB-PB, Prefeitura Municipal e Governo do Estado para estabelecer um canal de negociação com os deputados e senadores federais na busca de alternativas para mudar esse quadro”, completa Luiz Félix. A Varig ainda representa cerca de 70% dos vôos no mercado internacional: “Ela é a cara do Brasil lá fora, por isso merece um tratamento especial”.
Na Paraíba ao contrário da maioria dos Estados brasileiros, até o momento, nenhum vôo deixou de ser realizado. Com isso a venda de passagens está estabilizada. “Os embarques estão normais aqui, vemos isso com olhos otimistas. A Varig é o nosso nome lá fora, a cara da Seleção brasileira na corrida pelo hexa. E não pode sair de campo como um mero reserva depois de ter sido titular durante mais de sete décadas”, deduziu esperançoso o presidente da ABAV.
Lívia Falcão
ClickPB
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