O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad reiterou que o programa nuclear iraniano, sob suspeita de ser militar, é inegociável. “Não vamos dar nenhum passo para trás”, disse, num pronunciamento que coincidiu com a chegada ao país de Mohamed ElBaradei, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). “Não negociamos com ninguém os direitos de nosso povo. Somos um país nuclear que fala em igualdade de condições com as demais potências atômicas” ressaltou o líder iraniano.
Na terça-feira, ele anunciou que o Irã já havia completado o ciclo de produção de combustível nuclear – passo fundamental para a obtenção de urânio enriquecido. “Nosso o objetivo é movimentar nossas usinas de energia elétrica com esse combustível.” O urânio enriquecido é também uma matéria-prima fundamental para produção de bombas atômicas. Tanto os Estados Unidos quanto aliados europeus (Alemanha, França e Inglaterra) acham que esse é o objetivo real do regime iraniano.
“Espero convencer o Irã a adotar medidas que permitam o estabelecimento da confiança, incluindo a suspensão do processamento de urânio enriquecido”, disse o diretor da AIEA ao desembarcar na capital iraniana. Em 29 de março, o Conselho de Segurança da ONU pediu a ElBaradei um amplo relatório sobre o andamento do programa nuclear iraniano e deu a ele prazo de 30 dias para elaborar o documento. A suspensão do enriquecimento do Irã vai até dia 28.
ElBaradei pediu ao Irã que paralise as centrífugas que produzem urânio enriquecido até a entrega de seu relatório ao Conselho de Segurança. Aparentemente, no entanto, não obteve nenhuma garantia de que isso possa ocorrer. Em Washington, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, exigiu medidas adicionais do Conselho de Segurança da ONU para impedir que o Irã continue com seu programa nuclear.
Agência Estado
Programa nuclear do Irã é inegociável, diz presidente
None
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo