O pai que esqueceu o filho de 1 ano e 3 meses dentro do carro num estacionamento da zona norte de São Paulo, causando a morte da criança por asfixia e insolação, poderá obter um perdão judicial. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Celso Limongi, a lei autoriza o juiz a conceder esse benefício.
O administrador Carlos Alberto Legal Filho, 35 anos, está em estado de choque. A família disse que ele sempre foi um bom pai. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 20º Distrito Policial (Água Fria), Carlos Alberto seguia diariamente a rotina de deixar um de seus filhos em um determinado local, e o bebê em outro, antes de ir trabalhar.
Nesta quinta-feira, o administrador teria mudado a rotina e, conforme contou à delegada Adanzil Limonta, pensou que havia deixado André no local de costume. Por volta das 13h30, ele se sentiu mal e resolveu procurar um médico. Ao voltar ao carro, encontrou o filho já desacordado. O bebê foi levado ao hospital, mas chegou morto.
Policiais contaram que uma película escura nos vidros impediu que os pedestres que passavam pelo local vissem a criança dentro do carro. No depoimento à polícia, o pai explicou que achava ter levado o filho mais novo à creche. Ele disse também que se assustou ao voltar ao carro e encontrar o filho desacordado, com queimaduras pelo corpo. O pai foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar).
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança permaneceu por um longo tempo dentro do veículo sob o sol, e a temperatura, na tarde de hoje, na Capital, atingiu 27°, fato que teria resultado em queimaduras no bebê.
Em junho do ano passado, uma representante comercial esqueceu a filha trancada no carro no Shopping da Gávea, no Rio. O choro da criança chamou a atenção dos seguranças do estabelecimento, que salvaram a vida da menina. A mãe acabou sendo autuada por abandono de incapaz.
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Pai que esqueceu bebê pode obter perdão judicial
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