As conversas sobre o polêmico programa nuclear iraniano realizadas nesta terça-feira em Moscou entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha terminaram sem avanços.
“Não se chegou a nenhuma decisão que possa ser considerada um avanço”, disse à agência russa Interfax uma fonte próxima dos negociadores.
Durante as conversaçõs, acrescentou a fonte, “foi discutida a costura de uma posição consolidada dos seis em relação ao Irã, para a reunião do Conselho de Segurança da ONU de 28 de abril”.
O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Nicholas Burns, cancelou na última hora uma entrevista coletiva, devido “à ausência de resultados”, segundo um diplomata americano.
A reunião a portas fechadas, que durou três horas, teve a presença de vice-ministros de Relações Exteriores da Rússia, Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Alemanha.
Os seis países querem evitar que o Irã desenvolva armas nucleares. Mas divergem em relação ao direito iraniano a um programa nuclear com fins civis.
Além disso, os EUA estão dispostos a levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, com apoio discreto dos países europeus. Rússia e China, porém, são contra esta opção, que poderia levar a sanções.
Por enquanto, só Washington admite o uso da força. Moscou e Pequim insistem na necessidade de manter a via diplomática.
O Irã tem até o dia 28 para atender às exigências da comunidade internacional. Ao fim do prazo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai informar ao Conselho de Segurança da ONU sobre o cumprimento das obrigações.
Um grupo de inspetores da AIEA deverá visitar a central nuclear de Natanz na sexta-feira, uma semana depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciar com estardalhaço que seu país já é capaz de enriquecer urânio.
O presidente da China, Hu Jintao, vai visitar o dos EUA, George W. Bush. Na agenda dos dois, mais discussões sobre o programa nuclear iraniano.
EFE
Conversas sobre programa nuclear iraniano fracassam na Rússia
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