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Corte iraquiana adia julgamento de Saddam para segunda-feira

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O Tribunal Especial Iraquiano que julga o ex-ditador Saddam Hussein e sete de seus antigos colaboradores adiou hoje o julgamento para a próxima quarta-feira (24), informaram fontes judiciais.

O presidente do tribunal, o curdo Rauf Abdelrahman, declarou no início da audiência de hoje –que durou três horas– que peritos iraquianos confirmaram a autenticidade das assinaturas de Saddam que aparecem em vários documentos relacionados com a execução de 148 xiitas.

Saddam e sete de seus antigos colaboradores são acusados da morte de 148 iraquianos, sentenciados à pena de morte em 1983 após uma tentativa de assassinato contra o ex-ditador em Dujail, ao norte de Bagdá, em 1982.

Em audiências anteriores o ex-ditador iraquiano tinha pedido que uma equipe de analistas internacionais comprovasse a autenticidade de sua assinatura em vários documentos que o relacionam a essas mortes.

Negativa

O meio-irmão de Saddam, Brazan Ibrahim Al Hassan –que era chefe dos serviços secretos–, se negou hoje a aceitar as afirmações do juiz e pediu novamente que os documentos fossem analisados por “um grupo estrangeiro e neutro”.

A mesma postura foi adotada por Qassim Al Rawadi, alto responsável do então governante partido Baath em Dujail quando ocorreu a tentativa de assassinato de Saddam, que insistiu na falsidade dos documentos apresentados pela promotoria.

“Eu nunca enviei documentos a nenhum partido ou funcionário governamental em relação a este caso, nem a Sadon Shaker, que naquela época era ministro do Interior”, disse Ruawid.

Curdos

Saddam e seu primo Ali Hassam Al Majid, conhecido como “Ali, o Químico”, além de outros cinco ex-dirigentes iraquianos serão levados ao banco dos réus em um segundo processo por genocídio durante a operação Anfal –uma sangrenta ondas repressivas contra os curdos no antigo regime.

Entre 1987 e 1989, vários ataques foram realizados contra os curdos no norte do país — entre eles, o bombardeio com gás do vilarejo de Halabja em 1988, que deixou 5.000 mortos.

Mais de 100 mil pessoas morreram e mais de 3.000 vilarejos foram destruídos durante a operação Anfal, que provocou uma fuga em massa da população curda.

Fonte: Últimas Noticias

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