O advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na CPI dos Bingos que nunca participou de um suposto esquema de arrecadação de dinheiro nas prefeituras petistas para financiar o caixa dois do partido. “Jamais participei de qualquer esquema de arrecadação de recursos para o PT”, afirmou.
Teixeira também afirmou que nunca foi proprietário e nem advogado da Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios). Segundo denúncias do economista e ex-militante petista Paulo de Tarso Venceslau, a Cpem seria usada pelo PT para fazer caixa dois na década de 90.
Mesmo protegido por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que lhe dá o direito de não responder às perguntas da CPI, Teixeira afirmou estar disposto a colaborar com a CPI. “Estou aqui sem constrangimento”, disse.
Ele afirmou que não quis desrespeitar os senadores ao cancelar duas vezes seu depoimento à CPI. Ontem, o presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), chegou a dizer que se fosse preciso usaria a “força” da PF para garantir a ida de Teixeira à comissão.
No início da reunião, perguntado sobre suas condições de saúde, Teixeira disse que fez cirurgia no coração para implantar pontes mamárias e safenas há dois meses. O advogado afirmou que tem “um histórico longo de doenças” e que já sofreu infarto do miocárdio.
“Espero que nada aconteça aqui”, disse. Morais respondeu que o serviço médico do Senado estava “a postos para qualquer eventualidade”.
Folha Online (com Radiobrás e Agência Senado)
