O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA), defendeu hoje o afastamento do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) do cargo. Jutahy disse que Bastos não conseguiu justificar seu suposto envolvimento na tentativa de encobrir a responsabilidade de Antonio Palocci na quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa.
“O ministro perdeu a confiança da sociedade, cometeu um crime de Estado e não tem mais condições de continuar no cargo”, disse Jutahy acrescentando que o PSDB vai estudar medidas para pedir o afastamento de Bastos do cargo. “O ministro está sob suspeita do pais inteiro.”
O líder tucano replicou a explicação de Bastos, que disse que pediu para a Polícia Federal abrir um inquérito para apurar os fatos. “Mas o primeiro item [do inquérito da PF] era para investigar lavagem de dinheiro, para investigar o caseiro e não a quebra do sigilo.”
Jutahy disse que o sigilo de Francenildo foi quebrado enquanto o caseiro estava nas dependências da Polícia Federal, que é subordinada ao Ministério da Justiça.
Na tese de Jutahy, Palocci sabia que o caseiro havia recebido dinheiro, mas não sabia em que banco. Ele ficou sabendo o nome do bando quando Francenildo apresentou o cartão bancário para a PF quando se inscrevia no programa de protestação à testemunha.
“Por coincidência, [ex-presidente da Caixa, Jorge] Mattoso entregou o extrato quando Daniel Goldberg [secretário de Direito Econômico] estava na casa do Palocci. Mesmo sabendo de tudo isso, o ministro aparece numa reunião na casa do Palocci e recomenda um advogado para defende-lo”, disse Jutahy.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) disse que o depoimento do ministro foi seguro e mostra que ele não tem envolvimento com os fatos. “O que temos é um exercício de retórica. Imaginar que para a Caixa saber da conta do caseiro era necessário a PF repassar um documento chega a ser engraçado”, disse Cardozo. “O objetivo da oposição é atingir um ministro forte do governo Lula.”
Fonte: Folha Online
PSDB defende o afastamento do ministro da Justiça
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