“Estamos fazendo um levantamento para derrubar o serviço. Depois vamos montar uma campana pra dar a butada. Pronto, o bicho caiu”. E assim mais um bandido vai para a cadeia. De forma simples, essa é a forma usual de um policial descrever seu trabalho, na investida contra os criminosos. Hoje, 21 de abril, o Brasil comemora do dia do policial, em uma justa homenagem a esses heróis que abrem mão de sua própria segurança para promover a de outros.
Apesar das tantas adversidades que enfrenta no exercício do seu trabalho, o policial carrega consigo o orgulho da nobre missão que abraçou. Podendo-se dizer uma tarefa de divina inspiração, esses homens têm consigo o compromisso inabalável de promover o bem estar do seu semelhante, durante as horas em que trabalha. Muitas vezes deixar de ser reconhecido e passar a ser tachado de inimigo, simplesmente porque demorou um tempo a mais para responder à ansiedade de uma vítima do crime.
Em homenagem ao dia desse herói, o ClickPB faz uma descrição da atividade do policial militar e civil, como forma de esclarecer à sociedade sobre a complexidade desse trabalho e contribuir para que eles sejam melhor compreendidos. Não por acaso existem os dois tipos de policial. Cada um tem seu papel no combate ao crime, de forma que se complementam ao final de uma tarefa.
Por necessidade de se cumprir bem a tarefa de incriminar um bandido, definiu-se atribuições específicas aos militares e civis, de acordo com as necessidades de um processo penal. Dessa forma, coube ao militar a tarefa de fazer um policiamento velado, de forma a buscar impedir que o bandido cometa o crime ou de prender aquele que já o cometeu. Assim, é prioritariamente dever do policial militar fazer patrulhamentos nas ruas e executar prisões.
Mas longo do tempo a atividade de do PM ganhou alguns incrementos e passou a ter diferentes modalidades de cumprir seu papel. Passou-se então a investir nas atividades de policiamento descaracterizado, através da já conhecida P2. Com esse serviço, o PM consegue identificar, mesmo depois do crime, os suspeitos de sua autoria, através de um levantamento de informações, de forma a ter dados suficientes para prendê-los.
A partir da prisão efetuada pelo PM, entre em cena o trabalho do policial Civil, seja delegado, escrivão ou agente. A estes compete a elaboração de um documento com a acusação que pesa contra o criminoso, que é o Inquérito Policial. Na formatação dessa peça o Civil precisa coletar provas (documentais ou não), depoimentos de testemunhas e outros elementos que atestem o envolvimento daquele acusado com o crime.
São esses elementos juntados no inquérito que produzirão um processo na Justiça, pelo qual o acusado deverá ser ou não condenado à prisão. Logo fica evidente a importância do trabalho do policial Civil, pois dele depende o que vão conseguir a defesa e a acusação no tribunal. Todavia, se durante a instrução de um inquérito surgirem novos fatos que apontem para outros acusados, o policial civil assim como o militar poderão executar tais prisões, se necessário for.
Investigação
A investigação de um crime é um trabalho prioritário do policial civil, há que a ele cabe a tarefa de produzir as provas necessárias ao processo. Especialmente quando, no ato do crime cometido, não se conhece seus autores ou suspeitos, cabe ao Civil a tarefa de descobrir isso. Mas como já foi falado antes, na busca de se aperfeiçoar o combate ao crime, a P2 da militar também executa essa tarefa com perfeição, embora após a prisão, tudo que foi feito tem que ser repassado ao Civil, por mandamento legal.
Mas, quer seja por um ou outro policial, o crime tem sido investigado e é notavelmente crescente o índice de resolução.
Coragem e heroísmo
Relacionar exemplos de atos heróicos de policiais é certamente uma arriscada tarefa, diante do extenso universo de exemplos. A figura do policial tem marcado muitas vidas desde um simples atendimento a doente, ao mais complexo crime. São vários os casos de militares que já realizaram partos dentro de viaturas, enquanto tentavam levar uma grávida para a maternidade.
Também não são poucos os casos em que pessoas tiveram suas vidas salvas em momentos cruciais, umas por acidentes e outras porque tentavam o suicídio. Por outro lado, há os policiais tanto civis quanto militares que já intervieram em situações de assalto, entrando em confronto com os bandidos e conseguido vencer a parada.
Condições de trabalho e remuneração
Os policiais paraibanos já viveram dias muito difíceis nessa área. Mas, de acordo com os presidentes das associações e sindicatos das duas categorias, essa realidade já começa a mudar. Recentemente, por exemplo, o delegado da Civil deixou de ter o pior salário do país, a partir de uma negociação salarial bem sucedida com o governo. Pelo lado os militares, a noticiada negociação salarial também terminou em reajustes que satisfizeram os policiais.
Por outro lado, o policial de hoje não é mais aquele do simples revólver ou da viatura sem potência no motor para perseguir os bandidos. As armas de última geração já circulam na cintura deles, a exemplo da pistola calibre ponto 40, top de linha da Taurus, adquirida recentemente para a Civil e da carabina Magal, de fabricação israelense que há meses já é usada pelos militares.
O bico
Ilegal, porém inevitável, o bico feito pelos policiais tanto militares quanto civis tem se revelado uma “doce” armadilha. Atraído pela possibilidade de ganhar mais dinheiro, os heróis têm se tornado vítimas das falta de estrutura no trabalho clandestino, que os coloca em posição de total fragilidade perante os bandidos. A recente morte de um cabo da PM, ocorrida no bairro dos Ipês, na capital, expôs essa realidade.
Na avaliação dos especialistas em segurança pública, uma coisa é um policial armado de revólver ou mesmo de pistola, na companhia de outros dois ou três colegas, dentro de uma viatura. Outra é ele sozinho na frente de um estabelecimento, fazendo a segurança do local, apesar de sua preparação. O exemplo do Cabo Daniel revelou que é impossível, por mais preparado que seja, um policial sozinho vencer o duelo com dois ou mais bandidos.
Tudo isso por um pagamento entre 80 e 150 reais mensais, que pouca diferença fará na vida de quem tem hoje um salário de R$ 1.080,00 no mínimo. O dia 21 de abril é portando uma oportunidade para os policiais repensarem práticas como essas. Dessa forma, poderiam valorizar ainda mais um heroísmo que há em sua nobre função, preservando o valor de sua atuação a situação com estrutura e condições dignas.
Redação ClickPB
Dia do Policial: Militar, Civil ou Federal eles defendem a sociedade
Apesar das adversidades que enfrenta, o policial carrega o orgulho missão que abraçou.
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