Os médicos que trataram do ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon admitiram que cometeram um “grave erro” ao administrar nele um forte anticoagulante conhecendo seu quadro médico e a existência de um defeito congênito que o colocava em um grupo de risco.
A informação foi divulgada pelo Canal 2 da televisão israelense, que hoje apresentou o teaser de uma reportagem que exibirá amanhã, na qual analisou todos os ângulos da doença de Sharon, que permanece em estado em coma desde 4 de janeiro.
Um dos médicos declarou ao Canal 2 que foi cometido “um grande erro” e que o anticoagulante foi o que causou a hemorragia em massa no ex-primeiro-ministro israelense.
Sharon, 78 anos, tinha sofrido duas semanas antes um aneurisma cerebral que fora conseqüência de um pequeno coágulo do qual se recuperou em poucos dias. Porém, os médicos administraram nele um anticoagulante para evitar o risco de um novo derrame.
As informações do Canal 2 foram desmentidas pelo hospital Hadassah Ein Karem de Jerusalém, onde Sharon foi tratado e que assegura que o jornalista a cargo da reportagem interpretou mal as palavras dos médicos que consultou, entre eles alguns dos que participaram do tratamento.
As informações do Canal 2 não são novas. Já nos primeiros dias subseqüentes ao coma de Sharon, vários analistas atribuíram a hemorragia cerebral ao anticoagulante que o primeiro-ministro israelense recebia duas vezes ao dia.
Sharon, que não conseguiu se recuperar da hemorragia, deixou de ser primeiro-ministro na semana passada, concluído o prazo de cem dias determinado pela lei para casos de incapacidade física e mental.
EFE
Médicos admitem erro em tratamento de Sharon
None
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo