A programação da campanha de incentivo e estímulo à adoção, que vem sendo coordenada pela Corregedoria Geral do TJ, prossegue neste sábado(22), às 16 horas, com mais um evento na praça do Shopping Manaíra, onde foi instalado um estande com toda estrutura de apoio. Trata-se da apresentação do Coral Canto Livre Meninada, da Prefeitura de João Pessoa.
“Adotar como um gesto de carinho e como criaturas trazidas pelas mãos de Deus e que por isso mesmo precisam ser acolhidas”. Com essas palavras o corregedor Geral de Justiça, desembargador Jorge Ribeiro Nóbrega, fez um apelo à sociedade paraibana para que se sensibilize com relação à adoção e, principalmente àquelas mães, cujos filhos não podem criar, que procurem entrar em contato com os juizados, e com a CEJA (Comissão Estadual Judiciária de Adoção) ou até mesmo a Procuradoria Geral de Justiça.
Este ano a Corregedoria está dando um dinamismo maior à prática da adoção, começando pelas escolas públicas da rede estadual de ensino da Capital e dos municípios de Cabedelo, Bayeux e Santa Rita, quando lançou recentemente um concurso de redação sobre o tema: “Adoção: Uma História de Amor”, para alunos da 4º a 8º séries do ensino fundamental.
O juiz da Infância e Juventude, Fabiano Moura de Moura disse que essa é uma oportunidade para que as pessoas possam se conscientizar da importância que
representa a adoção. “Temos que afastar um estigma que existe para que as
pessoas se convençam de que adotar uma criança é um ato de amor, se olhando
inclusive para quem precisa ser adotado”, disse o magistrado, ao explicar os
objetivos da campanha.
O juiz-corregedor auxiliar João Machado de Souza Júnior disse que a iniciativa da Corregedoria de Justiça chega no momento oportuno, uma vez que na Paraíba apenas quatro crianças se encontram em processo de adoção à disposição de alguma família, e o que é mais grave: a maioria com idade acima de 12 anos, o que, na sua opinião, torna-se muito mais difícil.
Ele explicou que foi realizado em março deste ano um levantamento pelo CEJA, para se obter um perfil dos abrigos existentes na grande João Pessoa e as suas reais condições. De acordo com o juiz João Machado, os dados mostram que existem hoje em abrigos da Capital 330 crianças que por maus tratos, abandono e situação sócio-econômica foram parar lá.
Fonte: TJ PB
