O astronauta brasileiro Marcos Pontes não descartou ontem, em Bauru, usar a fama para concorrer a algum cargo político, informou o jornal Folha de S.Paulo. “Eu tenho uma bagagem técnica e de relações internacionais muito boa e vou ter de achar uma posição para isso. Mas, para a política, eu teria de me preparar antes. Se eu achar que isso é a melhor maneira de servir o Brasil, eu posso fazer isso”, disse Pontes.
Pontes disse que ao ser selecionado para a missão, não imaginava a mudança que aconteceria em sua vida. O chefe da seleção disse na época, segundo o astronauta, que a vida de Pontes iria mudar um pouco, e tudo começaria com uma coletiva de imprensa. “Deu um frio na barriga. Até então nunca tinha imaginado isso”, disse.
Ontem, durante todo o dia, a palavra “herói” marcou os pronunciamentos de autoridades, amigos e convidados da festa. Pontes renegou a glória: “quando comecei esse trabalho, não pensei em virar herói”.
Ao ser questionado sobre o peso do fardo, o astronauta se disse tranqüilo. Para ele há grande responsabilidade em estar numa reunião internacional e ver a bandeira brasileira na frente. O astronauta brasileiro pediu para não ser comparado com outras personalidades que marcaram a história, como Santos-Dumont ou a Yuri Gagarin.
Redação Terra
