Mundo

Chernobyl: protestos pedem fim de energia nuclear

Partido Verde alemão exibiu em sua sede, em Berlim, um cartaz pedindo que "a eliminação das usinas nucleares não seja eliminada"

Ambientalistas fizeram um protesto nesta segunda-feira em Kiev, na Ucrânia, na abertura de uma conferência de três dias que vai discutir o desastre de Chernobyl. Na próxima quarta-feira serão lembrados os 20 anos do dia em que reatores nucleares explodiram, espalhando radiação por grande parte da Europa e da Ásia. Segundo a ONU, 4 mil pessoas morreram no acidente, mas organizações ambientalistas dizem que este número pode chegar a 60 mil.

A maior parte das manifestações pede o fim das usinas nucleares para a geração de energia. O Partido Verde alemão também exibiu em sua sede, em Berlim, um cartaz pedindo que “a eliminação das usinas nucleares não seja eliminada”.

Mortes

O número de mortes suplementares por cânceres provocados pela catástrofe nuclear de Chernobyl pode chegar a 66 mil, 15 vezes mais que as previsões da ONU, afirmam dois cientistas britânicos em um estudo realizado a pedido dos Verdes do Parlamento Europeu.

De acordo com os autores do estudo, Ian Fairlie e David Sumner, 3,9 milhões de quilômetros quadrados foram contaminados em toda a Europa pelas conseqüências de Chernobyl. Aproximadamente 34% do território britânico foi contaminado pelas conseqüências e 374 explorações agrícolas, assim como 200 mil ovelhas, estão envolvidas nas restrições geradas por Chernobyl na Grã-Bretanha.

Os resultados integram o estudo “O outro relatório sobre Chernobyl”, que deve ser analisado em Londres no próximo sábado. Os autores consideram que até 66 mil pessoas a mais podem morrer de câncer provocado por Chernobyl além daquelas que morrerão naturalmente desta doença. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) fixaram em 4 mil o número de vítimas por câncer provocado por Chernobyl.

“As conseqüências (de Chernobyl) se estendem realmente por todo o hemisfério norte e no mundo inteiro”, afirma David Sumner. “No entanto, é provável que a extensão completa dos danos, os cânceres ocasionados depois da exposição às radiações, jamais sejam conhecidos”, acrescentou. Para o cientista é difícil saber o número exato de casos de câncer vinculados a Chernobyl porque os efeitos das radiações são sentidos a longo prazo.


Redação Terra

COMPARTILHE

Bombando em Mundo

1

Mundo

Papa pede que acordo de cessar-fogo em Gaza seja respeitado

2

Mundo

Trump lança criptomoeda pouco antes da posse e valor dispara; veja

3

Mundo

Luana Silva bate japonesa e fatura título do Mundial Júnior de Surfe

4

Mundo

TikTok tem recurso negado e pode ser banido dos EUA; decisão ficará para Trump, que pede ‘tempo’

5

Mundo

Michelle vai representar Bolsonaro na posse de Trump