A Câmara Municipal de Campina Grande promoveu na manhã desta terça-feira, às 10 horas, sessão especial, solicitada pelo vereador-presidente Romero Rodrigues, preocupado com o problema social criado com a retirada de ambulantes das ruas da cidade. A reunião contou com a participação de representantes do Sindicato dos Vendedores Ambulantes, Ministério Público, Justiça e Governo Municipal. Na ocasião foi debatida a questão da retirada dos fiteiros das calçadas da Avenida Floriano Peixoto e da Rua Venâncio Neiva, no centro da cidade de Campina Grande, ocorrida por determinação da justiça e executado pela Prefeitura Municipal.
Várias autoridades participaram da sessão que discutiu a questão que envolvem os ambulantes entre esses João Bosco, presidente do Sindicato dos Vendedores Pracistas e Ambulantes (SIVEPA); Zaqueu Miguel de Almeida, 1º secretário da entidade; Antonio Hamilton Fechine, representante do CDL; Manoelito Figueiredo, representante da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande; Olimpio Oliveira, representante do Prefeito Municipal; Luiz Nicomedes Figueiredo Neto, promotor de justiça e representante do Ministério Público e Fábio Thomas, secretário de Assuntos Jurídicos do Município.
O presidente do Legislativo vereador Romero Rodrigues disse que é contra a Prefeitura retirar os vendedores do centro da cidade sem apresentar uma solução compatível para reabrigá-los. Acrescentou que os ambulantes querem apenas um lugar digno para que possam trabalhar sem criar problemas para a categoria nem para o Poder Público. Para Rodrigues, os vendedores são pessoas honestas, sérias, trabalhadoras, que lutam tão-somente em busca de condições dignas para manter a si próprio e aos seus familiares.
Já o presidente da entidade, João Bosco Barbosa, que na ocasião agradeceu o apoio que o vereador Romero Rodrigues tem dado a luta da categoria, afirmou que “esta atitude da Prefeitura em retirar às pressas os fiteiros é considerada como uma ação de despejo, já que havia entendimentos entre os ambulantes e a Prefeitura para a aplicação de uma solução negociada. Segundo ele, “a retirada aconteceu de forma truculenta, utilizando-se mais de trinta homens”. Ele disse que “há fiteiros que levaram sem ao menos o dono retirar suas mercadorias”. Bosco afirmou ainda que, “durante seus trinta anos de comerciante, esta ação foi considerada como o pior ‘rapa’ de sua história”.
Já o dirigente sindical, Zaqueu Miguel de Almeida, ao usar a tribuna recentemente em tribuna Livre denunciou que há mais de 23 anos trabalhava no local e teve seu fiteiro arrancado e jogado ao chão, num total desrespeito a sua ferramenta de trabalho, deixando-o sem condições de manter sua família. Atualmente, os fiteiros foram remanejados para a ARCCA Titão e estão instalados de forma desordenada e sem estrutura para comportá-los.
O representante do Ministério Público, Luiz Nicodemos Neto alegou que a instituição procura agir cobrando a aplicação da lei para todos e lembrou que o mercado público informal em Campina Grande já é discutido pelo MP há cerca de 11 anos. Ele acrescentou que a decisão da justiça não é contra as pessoas, mas sim em prol do bem-estar da cidade. O secretário de Assuntos Jurídicos da PMCG, Fábio Thomas, disse na tribuna que nunca deixou de receber os ambulantes para discutir o assunto. Já o representante da Associação Comercial, Manoelito Figueiredo disse que a entidade está muito preocupada com a situação dos ambulantes no centro da cidade e defendeu a locação dos mesmos para local adequado.
Os vereadores João Dantas, Antonio Pimentel Filho, Perón Japiassú, Ivonete Ludgério, Fernando Carvalho, Nelson Gomes Filho, se solidarizaram com o movimento da categoria.
Fonte: Câmara CG
Câmara de CG debateu problemas dos ambulantes em sessão especial
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