O Conselho de Ética da Câmara deve votar na próxima quarta-feira o processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP), acusado de ser um dos beneficiários do “valerioduto”.
O relator do processo, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), recomendou nesta semana a cassação do mandato do parlamentar. No entanto, um pedido de vista do deputado Nelson Trad (PMDB-MS) adiou a votação para a próxima semana.
No relatório, Torgan considerou que as provas apresentadas por Vadão em sua defesa são frágeis e constatou que o acusado “aceitou vantagem indevida” o que, portanto, feriu o decoro parlamentar. “A Câmara dos Deputados tem o dever de excluí-lo de seu corpo. Tal atribuição é inafastável”, disse o relator.
Em sua defesa, Vadão disse que nas datas em que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza entregou pessoalmente o total de R$ 3,7 milhões em dinheiro vivo ele não estava em São Paulo. Como prova, o deputado apresentou os registros de seu avião particular, que estaria em outro Estado, e dados de seu sigilo telefônico, que comprovariam que ele estava em Goiás neste período.
Com relação aos vôos, Torgan observou que o deputado esteve no hotel Sofitel, em São Paulo, em diversas datas nas quais o seu avião, conforme o DAC (Departamento de Aviação Civil), não estava no aeroporto de Congonhas, e que os telefonemas demonstram que houve comunicação entre o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e um empregado de Marcos Valério “em datas por demais próximas às indicadas como recebimento do dinheiro”.
Fonte: Folha Online
Processo contra Vadão deve ser votado quarta-feira pelo Conselho
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