O presidente-executivo da Volkswagen, Bernd Pischetsrieder, disse a acionistas nesta quarta-feira que grandes mudanças são necessárias nas operações da montadora, mas não detalhou as medidas da planejada reestruturação ou cortes de empregos durante reunião geral anual da companhia em Hamburgo.
Apesar disso, o presidente da montadora destacou o Brasil em sua fala. O país emprega 21.900 funcionários da companhia, que tem visto suas exportações serem afetadas pela valorização do real frente ao dólar. “As capacidades precisam, então, ser ajustadas”, afirmou Pischetsrieder, sem dar mais detalhes.
Pischetsrieder reafirmou planos de aumentar a produtividade e a utilização de capacidade instalada na Europa, cortar mais custos trabalhistas e reorganizar a produção de componentes –o que a companhia informou anteriormente que podia custar até 20 mil empregos em sua marca principal VW.
“Exportar para os Estados Unidos a partir de nossas fábricas alemãs não gera o retorno que precisamos hoje. Para assegurar um futuro de longo prazo para o grupo, os problemas existentes devem ser eliminados sistematicamente e rapidamente”, afirmou o executivo, segundo cópia do discurso feito aos acionistas da Volkswagen.
O executivo, porém, não forneceu detalhes concretos sobre como planeja reestruturar o grupo além das metas já anunciadas.
“Nós só vamos falar sobre eles (detalhes) quando tivermos resultados para divulgar. No entanto, gostaria de assegurar a vocês que sabemos exatamente o que é que estamos negociando e as metas dessas negociações”, acrescentou Pischetsrieder.
Às 10h40 (horário de Brasília), as ações da VW recuavam 1,28 por cento.
Mais cedo, a empresa reafirmou previsões de lucro operacional maior este ano antes de itens extraordinários, bem como sua meta de aumentar o lucro antes de impostos para 5,1 bilhões de euros (6,45 bilhões de dólares) até 2008.
fonte: Uol
