A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, afirmou nesta quarta-feira que se vier a assumir a Presidência da República amanhã será “um momento simbólico muito importante” não só para as mulheres como também para toda a sociedade brasileira.
“Como a posse no STF, acredito que seja um momento simbólico muito importante para as mulheres brasileiras e para a sociedade brasileira. É um marco de igualdade de gênero. Cada vez que se quebra um preconceito fica mais fácil perceber e quebrar outros [preconceitos] que existem na sociedade”, afirmou Ellen Gracie.
A posse de Gracie depende do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir se vai acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice José Alencar na viagem à Argentina, onde encontrarão com o presidente boliviano Evo Morales. Se Renan ficar no Brasil, será ele –e não Gracie– que assumirá a Presidência.
Segundo na linha sucessória, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), também deve acompanhar Lula e Alencar à Argentina.
Pela Constituição, se assumir o comando do país, Aldo fica impedido de concorrer nas eleições de outubro. O mesmo ocorre com Renan. Porém, a assessoria do senador informa que ele tem mais quatro anos de mandato e que não pensa em disputar o próximo pleito.
Prioridade
Pela primeira vez desde que assumiu a Presidência do Supremo, Ellen Gracie se reuniu hoje com Aldo e líderes partidários, na Câmara. A ministra pediu prioridades na votação de projetos que darão mais agilidade ao Poder Judiciário.
Entre as propostas estão a que define a súmula vinculante e a repercussão geral. Esses dois instrumentos possibilitam que uma decisão, definida no Judiciário, seja estendida para processos semelhantes.
“Saí com apoio de todas as lideranças e com o presidente da Casa para que a tramitação seja o mais rápido. Assim poderemos ter um Judiciário mais ágil”, afirmou Gracie, após reunião com os parlamentares.
Fonte: Folha Online