A delegada Maria da Paz Deiby Ismael, que está investigando a fraude estimada em R$ 800 mil na compra de carros com documentos falsificados, irá ouvir nessa quinta-feira os lojistas que venderam os veículos aos acusados. Segundo ela, o objetivo será chegar, através dos depoimentos, a outros envolvidos no esquema. “Até o momento só temos dois envolvidos, mas pode haver muito mais gente”, afirmou. Cinco corretores deverão ser ouvidos.
O esquema de fraude na compra de carros novos foi descoberta na última terça-feira, após a prisão de Roneri Pessoa da Silva Santiago, 20 anos, que é filho de um cabo da PM. A prisão dele foi efetuada por força de um mandato de prisão expedido pela Justiça de Bayeux, após denúncias de que ele e outros suspeitos estavam praticando golpes contra lojas de veículo de João Pessoa, Bayeux e Santa Rita.
De acordo com os primeiros informes da polícia sobre o golpe, Roneri falsificava documentos pessoais, comprovantes de renda e vários outros, necessários para compra financiada de veículos. Ele tinha uma preferência por carros modelo Fiat Uno, ano 2006. Estima-se que cerca de 40 carros tenham sido comprados com esse esquema e vendidos para desmanches, ou compradores do interior do estado e de estados vizinhos.
Na manhã de ontem, Roneri foi ouvido pela delegada Daiby e disse que estava sendo forçado por um corretor de automóveis a falsificar os documentos. Ele acusou o corretor Sílvio Carlos Arruda Soares, 30 anos, que foi intimado e ouvido ainda ontem. Sílvio negou a acusação e disse desconhecer o esquema fraudulento.
Contradição
Segundo a delegada Deiby, o fato de o corretor Sílvio ter negado as acusações não encerram as suspeitas de envolvimento dele. Por outro lado, Roneri caiu em contradição durante a acusação que fez, de que Sílvio o estaria obrigado a falsificar os documentos. De acordo com informações da delegada, ao mesmo tempo em que o filho do PM disse que era constantemente obrigado a fazer a falsificação, disse que só tinha feito isso uma vez.
Diante disso, a delegada resolveu fazer uma acareação entre ele e o corretor. Os dois prosseguiram trocando acusações e o “tira-teima” deve ficar para o decorrer do inquérito. Sílvio foi liberado após a acareação, já que nada ficou comprovado contra ele. Já Roneri, além de ter um mandado expedido contra ele, foi flagrado pelos policiais falsificando documentos no momento em que foi preso. Por isso foi autuado em flagrante e será levado hoje para o presídio.
Perícia nos documentos pode determinar tomada dos veículos
Com relação aos veículos que foram vendidos através do golpe, a delegada informou que, os proprietários identificados até o momento, apresentaram toda a documentação regular, a exemplo da mulher de Roneri. Porém, ela afirmou que será solicitada a realização de perícia nesses documentos, para saber se houve falsificação. Caso isso seja confirmado é que será providenciada a retomada dos veículos.
O choro do pai
O cabo Ronaldo, do 5º Batalhão da PM, esteve hoje pela manhã na 5ª Delegacia para saber sobre a situação do filho. Ele conversou com a delegada Deiby e chorou ao ser informado que o filho iria ser tranferido hoje para um presídio. Ele disse que temia pela vida de Roneri, dentro de um presídio, a partir do momento em que os presos souberem que ele é filho de um cabo da PM.
da redação
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Depoimento de corretores pode apontar novos envolvidos na fraude da co
A delegada Maria da Paz Deiby Ismael irá ouvir hoje cinco lojistas que venderam os veículos, para tentar chegar a outros envolvidos.
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