Proibidos de assaltar em bairros próximos à Rocinha por João Rafael da Silva, o Joca, chefão do pó na favela, ladrões da comunidade migraram para outras áreas do Rio de Janeiro. O Humaitá virou um dos alvos, o que fez o 2º BPM (Botafogo) aumentar o policiamento no local. Nos fins de semana, 79 soldados em treinamento reforçam o efetivo de 110 homens do batalhão.
Outra estratégia adotada desde fevereiro, quando se registrou aumento do número de assaltos, foi realizar operações diárias no bairro. “Não sabemos se é uma quadrilha ou se estão sozinhos. O certo é que houve migração de ladrões para a nossa área. O Serviço Reservado está investigando”, afirma o subcomandante do 2º BPM, major Sérgio Mendes.
Segundo a PM, Catete e Glória também são alvos de bandos da Rocinha. O objetivo de Joca é não atrair a polícia para a favela e bairros próximos – São Conrado, Gávea e parte da Barra da Tijuca.
No fim de março, a 10ª DP (Botafogo) prendeu Ivone Fernandes de Mendonça, a Russa ou Loura, 28 anos. Moradora da Rocinha, ela havia baleado duas pessoas em assalto à Pizzaria Al Capone, no Humaitá. Umas da vítimas, Maria Del Carmen Gonzales Deon, 55 anos, vive com uma bala alojada nas costas e um medo constante. “Não reagi, ela atirou do nada. Não vou mais à pizzaria nem saio mais à noite”. Em fevereiro, Russa teria roubado salão de beleza da Rua Vitório da Costa e rendido 11 pessoas. “Ela disse que faria escova progressiva e, de repente, tirou revólver da cintura”, lembra uma manicure.
O delegado-adjunto da 10ª DP (Botafogo), Carlos Augusto Nogueira, atribui o aumento da violência na região à vinda de bandidos de outras comunidades.
O Dia
Chefe do tráfico impõe limite a assaltos na Rocinha
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