Sem muitas viagens ou destinos distantes, os dois últimos anos de pandemia aconteceram, para a maioria das pessoas, em casa ou no trabalho. Com a flexibilização gradual das atividades, os passeios turísticos têm voltado a acontecer e para brasileiros, o interior do país tem sido uma ótima opção de lazer e custos mais em conta. Nesse cenário, o turismo compartilhado ganhou força e fomentou um mercado em ascensão. A RCI (Resort Condominiums International), empresa global de turismo compartilhado, prevê expansão de 40% desse tipo de turismo no Brasil.
A tendência é considerada um ‘caminho sem volta’. Isso porque, no turismo compartilhado, ter uma casa em um destino de férias é mais fácil do que em outras modalidades de aquisição de imóvel. O dono adquire uma propriedade pagando por uma ‘cota’ da residência. A compra é compartilhada com outras pessoas, que assumem outras partes, e juntas, dividem custos como manutenção, impostos e segurança.
O crescimento do mercado tem sido considerável. Dados do relatório ‘Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2022”, mostrou um crescimento de 30% nos últimos cinco anos, o que gerou um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 28 bilhões. Do outro lado, turistas têm aproveitado a oportunidade para ter casas em diversos locais no Brasil, que ostenta pontos turísticos e paisagens paradisíacas nas cinco regiões.
Um dos caminhos do turismo compartilhado acontece através de condomínios multipropriedades: assim como resort, os espaços dispõem de academia, sauna, atividades noturnas, all-inclusive e outros serviços. A grande diferença é o valor mais acessível e a oportunidade de desfrutar do mesmo lugar diversas vezes, sem pagar por isso.
Individualidade
E apesar de ser ‘compartilhado’, as experiências de turismo são individuais: o período em que cada proprietário passa na residência é estabelecido por contrato e, anualmente, ele pode contar com aquelas semanas para usufruir. Nas demais datas, o imóvel fica sob os cuidados de outros donos.