O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo sofre com a superlotação de cadáveres em suas instalações, após o Estado registrar 152 mortos em 239 ataques realizados durante a onde de violência promovida pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O instituto quer uma autorização especial para liberá-los antes mesmo do prazo legal que, segundo a Justiça, é de 72 horas.
“(A superlotação) é um problema sanitário, de decomposição (dos cadáveres). Não temos mais onde guardar. Os corpos não estão em local refrigerado”, disse, em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo, o diretor do IML, Hideaki Kawata.
O IML já pediu autorização da Justiça para liberar os corpos, se preciso, antes do prazo legal. “Se a família reclamar (após a liberação), os corpos podem ser exumados depois”, afirmou o diretor.
Em geral, os corpos permanecem de cinco até dez dias no IML, à espera de reconhecimento. Se não houver reclamação ou identificação, são enterrados sob o rótulo de “desconhecidos” ou “indigentes”.
Redação Terra
Lotado de corpos, IML quer enterro antes do prazo
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