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Conexões de Saberes já atende 31 universidades

O programa Conexões de Saberes começou com cinco universidades em 2004, mas já conta com 31 instituições de ensino superior

O programa Conexões de Saberes começou com cinco universidades em 2004, mas já conta com 31 instituições de ensino superior. O objetivo é desenvolver atividades de extensão e pesquisa junto às comunidades de jovens de baixa renda que ingressaram nas universidades federais, para ampliar condições de acesso e permanência destes estudantes. Nesta quinta-feira, 18, o Ministério da Educação lançou oficialmente a versão 2006 do programa.

“O Conexões de Saberes redefine o papel das instituições, que não podem continuar submetidas a preconceitos. Permite a interlocução entre estudantes, comunidades e universidades federais”, disse o secretário Ricardo Henriques, titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Este ano, o orçamento é de R$ 6 milhões, mas o coordenador-geral do projeto, Jailson de Souza e Silva, espera que em 2007 o orçamento seja dobrado e atenda às 55 universidades federais, além de algumas estaduais. “Os estudantes devem trabalhar suas identidades e valorizar a caminhada até à universidade. Sensibilizaremos as pessoas para ações afirmativas no âmbito acadêmico.”

Esta semana o MEC lançou a coleção Caminhadas de Universitários de Origem Popular, com sete livros desenvolvidos por bolsistas – pertencentes às 14 instituições iniciais. Eles contam suas histórias de luta e adversidades até chegar à universidade, caso de Elísia Maria dos Santos, 21 anos, aluna de ciências sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela veio do interior, Araci, para morar com o pai e a madrasta. Nunca teve apoio ou carinho em casa, e prestou três vestibulares até ingressar na UFBA. Hoje disse que aprendeu com o programa. “Achava que a universidade ensinava os alunos a ser cientistas frios, sem contato com movimentos sociais, mas no Conexões descobri que estudantes podem ser humanos”, confessou.

Mais sete livros serão lançados em agosto e outros 17, produzidos pelas instituições que se tornaram parceiras do programa em 2006, serão lançados no próximo ano. O programa busca estreitar os vínculos entre as instituições acadêmicas e as comunidades com ações concretas, como oficinas de arte e de valorização da auto-estima do negro e criação de pré-vestibulares. A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul trabalha com um bairro de Corumbá, com altos índices de violência e prostituição infantil. Segundo Rosa Maria Fernandes Barros, pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, o cursinho montado pelos alunos já deu resultado, com a aprovação de moradores no último vestibular.

Formação – No evento, Raimundo Lobato dos Santos, aluno da Universidade Federal do Pará, falou em nome dos bolsistas que o programa “preza pela formação político-acadêmica dos participantes e estimula outros estudantes de origem humilde na busca de melhores oportunidades”.

O programa é uma parceria entre a Secad e o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro. Cada instituição oferece, no mínimo, 25 bolsas de R$ 300,00 a estudantes de baixa renda que sejam os primeiros membros da família a entrar em uma universidade pública. O pré-requisito é ter perfil de futuro líder comunitário. A idéia é que os alunos repassem para as comunidades de origem o novo saber. O ministro da Educação, Fernando Haddad, aprova iniciativas semelhantes ao programa. “A erradicação efetiva de mazelas, como desigualdade social e falta de oportunidades, só pode acontecer com educação”, afirmou.

Fonte: MEC

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