Oito meses depois do escândalo da máfia do apito, o ex-árbitro de futebol Edilson Pereira de Carvalho, acusado de manipular resultados de jogos dos campeonatos Paulista e Brasileiro, prestou seu primeiro depoimento judicial na tarde desta sexta-feira, em Jacareí, no Vale do Paraíba.
Na 2ª Vara Criminal, o pivô do escândalo confirmou à juíza Antonia de Paula Farah o que havia dito na Polícia Federal, em setembro do ano passado, quando foi preso em sua casa, em Jacareí. “Confirmei tudo e acrescentei que no último dia de prisão o Giba me ofereceu muito dinheiro para assumir tudo sozinho, pra dizer que as propostas partiram de mim”, contou Edílson, logo após o depoimento, referindo-se ao empresário Nagib Fayad, acusado de comandar o esquema de apostas eletrônicas na internet.
“Nem quis saber o valor, mas ele disse que era muito dinheiro. Naquela hora já estava arrependido e queria só voltar pra casa”, detalhou o ex-árbitro. “Comecei a ser procurado em setembro de 2004 pelo empresário Wanderley Pololi aqui em casa e tenho prova disso. Não fui eu que fui atrás deles”.
O depoimento durou cerca de uma hora. De acordo com o advogado de Edllson, Marcelo Jacob, as outras pessoas envolvidas no crime serão ouvidas por meio de cartas precatórias que serão juntadas ao processo, que corre em Jacareí.
Sem emprego, Edílson tenta, “em vão”, se livrar da saudade que sente do futebol. “Se eu pudesse voltar atrás, jamais teria caído nessa.” Para tentar algum dinheiro, decidiu nesta semana começar a vender as 400 camisas de times oficiais que ganhou durante a carreira, além de bolas e agasalhos. “Quero me livrar dessas lembranças.”
Sem ter muita ocupação, ele passa o dia na internet divulgando o livro e conversando – por meio do Orkut e do MSN – com internautas. “Como o assunto já está esgotado, as pessoas perguntam outras coisas, matam a curiosidade. De cada cem mensagens, uma é de xingamento ainda.”
Estadão.com.br
Edílson revela ter recebido novas propostas de Gibão
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