O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste sábado um programa de erradicação consensual de plantações de coca. Logo após anunciar o plano em Caranavi, 120 km a nordeste de La Paz, diante de “cocaleros”, o presidente jogou bola com os moradores da localidade.
Na ocasião, Moalres denunciou que setores empresariais e políticos unidos às multinacionais do petróleo conspiram contra a nacionalização dos recursos energéticos decretada no dia 1º de maio passado. “Não quero apresentar detalhes – a imprensa sempre vai atrás de subterfúgios -, tenho muitas informações de que querem conspirar contra a nacionalização” das ricas jazidas de gás, afirmou durante uma concentração de milhares de produtores agrícolas e “cocaleros”.
“Algumas empresas certamente, alguns partidos defensores do império, das oligarquias, das multinacionais, não vão ficar assim, vão tentar conspirar, unidas” contra a nacionalização”, denunciou.
Morales disse para a platéia concentrada num coliseu desportivo que era necessário defender a nacionalização.
A Bolívia deu um prazo de 180 dias no dia 1º de maio para que as empresas de petróleo negociarem os novos contratos nos quais o Estado terá 51% das ações e exercerá o controle. Caso as negociações não prosperem não está descartada uma expropriação, segundo o ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada.
AFP
