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Alemanha confirma aumento do número de neonazistas em 2005

Segundo antecipa o jornal dominical "Bild am Sonntag", o número de neonazistas registrados pelos serviços secretos alemães aumentou no ano passado, passando de

O número de neonazistas e de ultradireitistas dispostos a utilizar a violência aumentou na Alemanha em 2005, confirmou neste domingo uma porta-voz do Ministério alemão de Interior.

O ministro do Interior, o democrata-cristão Wolfgang Schäuble, apresentará oficialmente os números amanhã na entrevista coletiva que dará por ocasião da divulgação do relatório anual dos serviços secretos alemães de interior (BfV).

Segundo antecipa o jornal dominical “Bild am Sonntag”, o número de neonazistas registrados pelos serviços secretos alemães aumentou no ano passado, passando de 3.800 em 2004 para 4.100 em 2005.

Também houve um aumento dos ultradireitistas dispostos a utilizar a violência, que passaram de 10 mil em 2004 para 10.400 em 2005, segundo dados do BfV.

No total, o número de ultradireitistas, no entanto, reduziu-se ligeiramente no ano passado, passando de 40.700 em 2004 para 39.000 em 2005.

Os serviços secretos alemães atribuem a queda à diminuição do número de filiados a dois dos principais partidos ultradireitistas, a União do Povo Alemão (DVU) e Os Republicanos.

No entanto, houve em 2005 um “boom” da música de ideologia de extrema direita na Alemanha. O número de shows de “skinheads” – cabeças raspadas – aumentou 40%, para 193.

Segundo dados dos serviços secretos de interior, há 142 grupos de música “skinhead” na Alemanha.

A publicação destes dados ocorre apenas três semanas antes do início da Copa do Mundo, que acontecerá de 9 de junho a 9 de julho na Alemanha, e em meio ao debate sobre se é perigoso para os estrangeiros visitar certas áreas do leste do país, para que não sejam vítimas de um ataque racista.

Os recentes casos de ataques racistas a estrangeiros – contra um engenheiro etíope-alemão em Postdam há um mês e contra o político berlinense de origem turca do Partido da Esquerda, Giyasettin Sayan, na sexta-feira passada – reavivaram a polêmica.

A imprensa alemã se pergunta se é adequado o lema do Mundial – “O mundo entre amigos” – e se não se deve temer que durante o campeonato aconteçam ataques xenófobos por parte de neonazistas e grupos radicais de extrema direita.


EFE

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