Mais de 230 estrangeiros identificados como suspeitos de terrorismo pelo serviço de contra-espionagem britânico MI5 e pela Scotland Yard conseguiram autorização para permanecer no Reino Unido como solicitantes de asilo, revelou hoje o jornal The Sunday Times.
Segundo registros do Ministério do Interior britânico, aos quais o jornal dominical teve acesso, quase 25% das cerca de mil pessoas detidas em operações antiterroristas na Inglaterra e em Gales desde setembro de 2001 solicitou o estatuto de refugiado.
Em todos os casos, os solicitantes de asilo asseguraram que seus direitos humanos corriam perigo se fossem devolvidos a países como Argélia, Iraque e Somália.
Enquanto suas solicitações são processadas, os solicitantes de asilo têm direito a benefícios sociais como habitação gratuita e assessoria legal. Após conhecer tais dados, a oposição conservadora criticou o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, que assegurou após os atentados de 7 de julho em Londres que seu Governo negaria asilo automaticamente a qualquer pessoa vinculada ao terrorismo.
Segundo números do Ministério do Interior, das 963 pessoas detidas em operações antiterroristas entre setembro de 2001 e novembro de 2005, 232 solicitaram asilo no Reino Unido, 214 delas antes de serem detidas.
Outras 34 pessoas foram detidas de novembro de 2005 a março passado, o que eleva o número total de detidos por terrorismo a 997, mais da metade dos quais foram libertados posteriormente sem acusações.
O clérigo radical Abu Qatada, considerado o embaixador na Europa da rede terrorista Al-Qaeda, chegou ao Reino Unido como solicitante de asilo, da mesma forma que dois dos acusados pelos atentados fracassados de 21 de julho.
EFE
Mais de 230 suspeitos de terror solicitam asilo ao Reino Unido
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