O secretário estadual de Administração Penitenciária, Pedro Adelson Guedes dos Santos, lamentou na manhã desta segunda-feira (23) que a direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários da Paraíba forneça à imprensa informações a respeito da suposta atuação do Primeiro Comando da Capital na Paraíba, mas silencie sobre o fato diante dos setores de segurança e inteligência do Estado.
O secretário disse duvidar que um braço do PCC comandaria ações criminosas de dentro dos presídios paraibanos. Segundo ele, em todos os estados brasileiros, inclusive na Paraíba, existe a atuação de facções criminosas, mas elas não podem ser confundidas necessariamente com o PCC, que tem atuação definida em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
“Temos formação de grupos criminosos, mas não podemos cair no erro de atribuir tudo ao Primeiro Comando da Capital”, destacou o secretário, “até porque, fosse assim, as rebeliões ocorridas em São Paulo teriam sido reproduzidas em outros estados brasileiros, inclusive na Paraíba, onde, segundo me consta, não houve uma alteração sequer no cotidiano das unidades prisionais do Estado”, completou.
Na semana passada, o presidente do Sindicato, Manoel Leite, e dois agentes de identidade não revelada, disseram à imprensa local que um braço do PCC comanda ações criminosas de dentro dos presídios paraibanos. “’E lamentavel que não tenhamos essas informacoes. E lamentável que no lugar de recorrer aos órgãos de inteligência do Estado, se procure a imprensa para tratar do assunto”, destacou Pedro Adelson.
Para ele, diante dessas informações, não apenas os agentes, mas todos aqueles envolvidos no sistema devem procurar os órgãos de segurança do Estado para que, mesmo anonimamente, repassar informações sobre ações de grupos criminosos na Paraíba.
da redação
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