João Pessoa vai sediar de 26 a 28 de maio, o 2º Virtuosi Brasil, que é um projeto de Circulação de Música de Concerto, que vai mostrar o trabalho dos grupos Sujeito a Guincho, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e Uakti. As apresentações, que fazem parte da programação da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), acontecerão, às 21h, no Cine Bangüê do Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho. A entrada é franca.
O projeto Funarte/Minc de Circulação de Música de Concerto vai acontecer paralelamente nas cidades de Recife e Natal, com alternância dos grupos. O Virtuosi Brasil é uma realização da Fundação Nacional de Arte, com o patrocínio da Petrobrás através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Virtuosi Sociedade Artística
O projeto tem a finalidade de desenvolver um trabalho intensivo para formação de platéia de música erudita, ampliar o acesso do público com a circulação de concertos gratuitos em salas de espetáculos e diversificar o mercado de trabalho para o músico erudito. É importante ressaltar a valorização da obra clássica produzida no Brasil, já que cada concerto terá no mínimo 1/3 de obras de compositores brasileiros.
A Funarte selecionou 15 projetos para apresentação gratuita em salas de espetáculos de todo o país. Os 15 projetos selecionados realizarão concertos em uma ou duas regiões brasileiras, em três estados por região e um concerto por cidade, no mínimo.
O 2º Virtuosi Brasil escolheu três grupos distintos para apresentar no circuito: Sujeito a Guincho (quinteto de clarinetas), Uakti e Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo que fará uma homenagem especial a compositor Radamés Gnatalli tocando a Valsa e o Quarteto Popular. Também homenageia ainda dois outros grandes compositores que estão sendo celebrados em 2006: Mozart e Shostakovich.
As apresentações em João Pessoa acontecerão da seguinte forma: Dia 26, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo; dia 27, Uakti e no dia 28, Sujeito a Guincho. Todas os concertos acontecerão no Cine Bangüê, às 21h, com entrada franca.
Programas:
UAKTI
– Ballet 21 – Abertura – Marco Antônio Guimarães
– Música Para Um Antigo Templo Grego – Artur Andrés Ribeiro
– Arrumação – Elomar Figueira
– Cantilena da Bachianas Brasileiras nº 5 – Heitor Villa-Lobos
– Trenzinho do Caipira – Heitor Villa-Lobos
– O Ovo da Serpente – Marco Antônio Guimarães
– Turning Point – Artur Andrés Ribeiro
– Variações Sobre um Tema de Orff – Carl Orff
– Paixão Segundo São Matheus – Bach
– Badinerie – Bach
– Allegro da Sonata em Lá Maior – W. A. Mozart
– Krishna I – Artur Andrés Ribeiro
– Trilobita – Paulo Sérgio dos Santos / Décio de Souza Ramos Filho
– Ballet 21 – Final – Marco Antônio Guimarães
QUARTETO DE CORDAS DA CIDADE DE SÃO PAULO
RADAMÉS GNATTALI Valsa
1906-1988 Quarteto Popular
Movido
Lento-vivo-lento
Allegro moderato
W.A.MOZART Quarteto em Fá maior KV 168
1756-1791 Allegro
Andante
Menuetto
Allegro
II
D. SHOSTAKOVICH Quarteto n.3 em Fá maior
1906-1975 Alegro non troppo
Adágio (attaca)
Moderato, Adagio
SUJEITO A GUINCHO
J.S.BACH Prelúdio e Fuga em Si bemol menor
(arr. Luca Raele) (do Cravo bem Temperado, livro 1)
J.S.BACH Concerto Italiano, BWV 971
(arr. Luca Raele) Allegro
Andante
Presto
E. NAZARETH Ouro sobre Azul
(arr. Luca Raele)
J.BRAHMS Intermezzo op 118 N.2
(arr. Luca Raele)
A. VIVALDI Concerto op.3, no. 10
(arr. Luca Raele) Allegro
Largo – Larghetto
Allegro
F.M.DA SILVA/O.D.ESTRADA Hino Nacional Brasileiro
(arr. Luca Raele)
LÉA FREIRE Vila Ipojuca
(arr. Luca Raele)
H. PASCOAL O Ovo
(arr. Ségio Burgani)
PAULINHO DA VIOLA Choro Negro
(arr. Nelson Ayres)
GORDURINHA Chiclete com Banana
(arr. Maurício Carrilho)
BIOGRAFIAS:
Sujeito a Guincho (Quinteto de Clarinetas)
Formado há mais de dez anos por alguns dos principais clarinetistas de São Paulo, tem como objetivo levar ao público a riqueza de timbre, expressividade e versatilidade da clarineta através de obras originais ou adaptadas por músicos do próprio quinteto.Seus integrantes possuem larga experiência como solistas e cameristas atuando tanto no gênero erudito como no popular, tendo obtido importantes premiações individuais no meio artístico nacional. O Quinteto vem se apresentando regularmente nos mais variados e importantes locais de concerto da cidade, como o Teatro Municipal, Sala São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, SESC Ipiranga e do Carmo, Palácio Campos Elíseos, Centro Cultural. Foi premiado no Concurso de Música de Câmara da Faculdade Santa Marcelina em 1992. Venceu o VIII Prêmio Eldorado de Música em 1995, recebendo como parte da premiação a gravação de um CD pela gravadora Eldorado. Com o CD Quarteto de Clarinetas, Sujeito a Guincho venceu o Prêmio Sharp na categoria de melhor Grupo Instrumental de 1996. Em julho de 1997 o grupo participou do Clarinet Fest, encontro anual de clarinetistas realizado no Texas, obtendo grande sucesso de público e da crítica especializada, o que possibilitou sua participação na edição de 1998 ocorrida em Columbus, Ohio. Em 1999 lançaram seu segundo CD Die Klarinetmaschine. Em 2001, mais uma vez, o grupo apresentou-se no ClarinetFest, em New Orleans. Em 2005 entre as inúmeras apresentações destacam-se os concertos na Embaixada do Brasil. O grupo é formado por Edmilson Nery, Luis Eugênio Afonso, Luca Raele, Nivaldo Orsi, e Sérgio Burgani.
Uakti
Era um Ser enorme que vivia próximo à aldeia dos índios Tucanos, às margens do rio Negro, na Amazônia. Tinha o corpo aberto em buracos. Quando corria pela floresta, o vento, passando através do seu corpo, produzia sons belíssimos, incomuns, envolventes. As índias encantavam-se por esses sons. Os homens, enciumados, caçaram e mataram Uaki. No local onde foi enterrado, nasceram três palmeiras, cujos troncos os índios fabricam instrumentos musicais que, quando tocados, evocam os sons de Uakti correndo livre pela floresta.
Assim como o ser da lenda, o conjunto brasileiro Uakti – Oficina Instrumental – é capaz de produzir sons inimagináveis. A magia de sua música começa pela confecção de seus próprios instrumentos, a partir de materiais do cotidiano: tubos de PVC, vidros, metais, pedras, borracha, cabaças e até água. Para o Uakti, tudo se transforma em som.
O grupo é composto pelos músicos Paulo Sérgio dos Santos, Artur Andrés Ribeiro. Décio Ramos e Marco Antônio Guimarães, que assina a direção musical e é responsável pela criação e confecção dos instrumentos.
Os acordes mágicos do grupo Uakti já encantaram artistas de peso como Milton Nascimento, The Manhattan Transfer e o compositor norte-americano Philip Glass, diretor do selo Point-Music, resultou em uma feliz parceria: foram lançados três álbuns do Uakti por essa gravadora, assim como a realização da trilha musical do espetáculo “7 ou 8 Peças para um Balé”, num trabalho em conjunto do Uakti Philip Glass e Grupo Corpo.
Dentre as diversas premiações recebidas pelo Uakti, destacam-se o prêmio Ministério da Cultura 96, como o melhor Grupo de Música Instrumental Brasileira, e o Prêmio Santista 97, pela inovação na Música Popular Brasileira.
Esta é a arte do grupo Uakti, uma arte repleta de magia, sons e sentimentos. Sua música envolve, toca fundo na alma humana. Uma dica: não tente explicar a música do Uakti. Apenas sinta-a e deixe-se levar por essa viagem fantástica através de um mundo, místico e diferente.
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
Considerado um dos mais ilustres ensembles da América Latina, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo é uma entidade oficial da Secretaria Municipal de Cultura. Foi fundado em 1935 por iniciativa de Mário de Andrade, musicólogo e sociólogo, diretor do Departamento da Cultura (atual Secretaria Municipal de Cultura), com a denominação de Quarteto Haydn. A partir de 1944, passou a chamar-se Quarteto de Cordas Municipal, chegando à sua forma definitiva em 1981 como Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. A atual formação conta com músicos de intensa atividade no cenário musical brasileiro, através de concertos, recitais ou atividades pedagógicas, além de grande experiência e prestígio internacional. O Quarteto apresenta-se constantemente em várias capitais do país, na América Latina e Europa. Atuou na Alemanha durante a Feira do Livro em Frankfurt, seguindo-se de concertos em importantes cidades neste mesmo país, colhendo aplausos e elogios do público e da crítica em geral. Recentemente apresentou-se no Festival de Música de Saragoza e em Madrid, Espanha. Recebeu, em 1980, 1986 e 2001, o prêmio de Melhor Conjunto Camerístico, outorgado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e, em 2003, o Prêmio Carlos Gomes. Desde 1985 se apresenta com artistas convidados, visando incentivar a atividade camerística. O Quarteto é formado por: Betina Stegman (violino), Nelson Rios (violino), Marcelo Jafré (viola) e Robert Suetholz (violoncelo).
