O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que seu encontro com o presidente boliviano, Evo Morales, sobre a nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia foi “muito positivo”.
“Não há conflito, há algumas questões, temos que ver a relação bilateral com uma visão construtiva e de amizade”, declarou o ministro brasileiro, destacando que “há relações muito estreitas entre La Paz e Brasília”.
Antes da reunião com Morales, Amorim conversou com seu colega boliviano, David Choquehuanca, sobre a futura reforma agrária na Bolívia.
O governo socialista de Evo Morales nacionalizou em 1º de maio passado os hidrocarbonetos, tanto nos campos de petróleo e gás como nas duas refinarias controladas pela companhia brasileira Petrobras.
As autoridades bolivianas obrigaram as companhias estrangeiras a renegociarem seus contratos nos próximos seis meses e pretendem aumentar em mais de 60% os preços do gás exportado ao estrangeiro. A Bolívia fornece a metade do gás utilizado pelo Brasil.
No total, 26 companhias estrangeiras operam na Bolívia, entre as quais a Petrobras, a Repsol (Espanha), a Total (França), Exxonmobil (Estados Unidos), British Gas (GB).
AFP
