O chefe do governo italiano, Romano Prodi, passa nesta terça-feira pelo último exame – deve receber o voto de confiança dos deputados – uma prova relativamente fácil, devido à maioria na Câmara baixa, mas imprescindível para começar a governar.
Prodi ilustrou seu programa de governo antes de se submeter ao voto de confiança da Câmara de Deputados, onde goza do apoio de 347 parlamentares de um total de 629.
A grave crise econômica por que atravessa a Italia, afetada pelo déficit público, que registra 4,1% do Produto Interno Bruto e uma dívida pública que chegou a 106,4% do PIB em 2005, foi um dos temas centrais do debate.
Romano Prodi, demonstrou preocupação com este estado das contas públicas do país e prometeu corrigi-las.
“As finanças se degradaram. A situação é mais grave que a de 1996, quando tivemos que empreender um grande esforço para fazer parte do grupo de países que adotavam o euro” como moeda, afirmou Prodi durante pronunciamento na Câmara de Deputados.
Para o novo ministro de Economia da Itália, Tommaso Padoa-Schioppa, a situação econômica no país é semelhante à registrada durante a grave crise da década de 90.
“Estamos numa situação delicada pela falta de estabilidade e crescimento”, afirmou Padoa-Schioppa.
A partir de 1992, a Itália foi obrigada a aprovar orçamentos rigorosos para controlar a dívida pública que alcançou 108% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o déficit era superor a 10%.
Economistas esperam que o governo de centro-esquerda adote uma série de medidas para que o déficit público se mantenha abaixo dos 3% do PIB, como exigem as autoridades da União Européia.
AFP
Chefe do governo italiano passa por última prova antes de governar
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