As máfias dos sanguessugas, além de vencer licitações com cartas marcadas e vender veículos superfaturados, repassavam às prefeituras veículos defeituosos, segundo reportagem veiculada na Folha de S.Paulo.
A fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União) também verificou descaso dos governos municipais com os veículos. Foram encontradas ambulâncias sem emplacamento, esquecidas em oficinas e utilizadas para outras finalidades. O órgão do governo federal realiza periodicamente sorteios para fiscalizar as verbas repassadas pela União aos municípios. Foram identificadas suspeitas de fraudes em 60 cidades.
O município de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, abriu concorrência até 2004 para a compra de 20 ambulâncias. Quase todas as licitações foram vencidas por empresas ligadas à Planam, principal beneficiárias das fraudes. Ao todo foram gastos, de acordo com a CGU, R$ 2,436 milhões com os veículos.
Das 11 ambulâncias fiscalizadas pela CGU no município, seis se encontravam no estacionamento da prefeitura. Duas não estavam emplacadas, apesar de terem sido entregues a meses. E outras duas não funcionavam. A CGU constatou também que, apesar dos veículos parados, a compra de mais três ambulâncias estava em andamento.
O município de Doutor Ulysses, no Paraná, desembolsou R$ 76,8 mil por uma ambulância vendida pela Santa Maria, apontada como laranja da Planam. O veículo foi entregue com equipamentos ultrapassados, com mais dez anos de uso, apesar de o edital apontar o contrário. A CGU afirmou que o mesmo veículo, porém com material novo, sairia por cerca de R$ 60 mil.
Em Várzea Grande, no Mato Grosso, a CGU constatou que uma ambulância estava sendo usada pela Guarda Municipal.
Redação Terra
Máfia vendia ambulâncias com defeitos a prefeitos
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